Em declarações, o CDS refere que "não aceita operações de branqueamento de quem quer que seja sobre o que se passou".
O CDS-PP anunciou hoje que vai convocar o Ministro do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e o Inspetor-Geral daquele ministério para audições em sede de comissão, no parlamento, sobre a polémica das irregularidades na gestão da associação Raríssimas.
Em declarações à agência Lusa, o deputado democrata-cristão António Carlos Monteiro afirmou que "o CDS não aceita operações de branqueamento de quem quer que seja sobre o que se passou", mostrando "preocupação pelo facto de não virem a ser apuradas as devidas responsabilidades pelas falhas".
"Estranhamos que, estando o relatório pronto desde agosto, o mesmo tenha ficado no gabinete do ministro até novembro e só tenhamos tido conhecimento dele sexta-feira, através da Comunicação Social. Vamos requerer com a máxima urgência que o documento seja remetido aos deputados da comissão de Trabalho", continuou, referindo-se à avaliação efetuada pelo ministério à situação da Raríssimas.
"O senhor ministro do Trabalho [,Solidariedade e Segurança Social] coordenou a sindicância, naturalmente tomará as medidas adequadas", declarou no sábado o primeiro-ministro, António Costa, em visita ao México.
A Inspeção-Geral do Ministério da Segurança Social concluiu que anteriores intervenções feitas por organismos da tutela não detetaram alegadas irregularidades na gestão da instituição Raríssimas, como o uso danoso de subsídios públicos.
As conclusões do relatório final da inspeção feita à instituição pela Inspeção-Geral do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social foram divulgadas pelo gabinete do ministro, Vieira da Silva, numa nota à comunicação social na sexta-feira.
O relatório refere que "não se recolheu evidência que, das intervenções dos vários serviços e organismos do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, tenha resultado a identificação prévia das situações que vieram a ser expostas" em reportagens da TVI em dezembro de 2017 e "referentes a alegadas irregularidades na gestão da instituição, como a utilização supostamente danosa, por parte da [antiga] presidente da Raríssimas, dos subsídios atribuídos por várias entidades públicas, integrantes, algumas delas", da tutela.
Reportagens exibidas em dezembro de 2017 pela TVI noticiaram alegadas irregularidades na associação, incluindo o uso indevido de dinheiro da instituição para fins pessoais, visando em particular a fundadora e, até então, presidente da Raríssimas, Paula Brito e Costa, que, posteriormente, se demitiu do cargo.
Paula Brito e Costa foi constituída arguida no âmbito do inquérito criminal que está a ser conduzido pelo Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa.
O caso provocou, em 12 de dezembro de 2017, a demissão do então secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, que a TVI noticiou ter sido consultor remunerado da associação, contratado entre 2013 e 2014, com um salário de três mil euros mensais.
Raríssimas: CDS-PP quer explicações de ministro e inspector-geral no parlamento
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Quando tratados como a Carta das Nações Unidas, as Convenções de Genebra ou a Convenção do Genocídio deixam de ser respeitados por atores centrais da comunidade internacional, abre-se a porta a uma perigosa normalização da violação da lei em cenários de conflito.
Governo perdeu tempo a inventar uma alternativa à situação de calamidade, prevista na Lei de Bases da Proteção Civil. Nos apoios à agricultura, impôs um limite de 10 mil euros que, não só é escasso, como é inferior ao que anteriores Governos PS aprovaram. Veremos como é feita a estabilização de solos.
"O cachecol é uma herança de família," contrapôs a advogada de Beatriz. "Quando o casamento terminou, os objetos sentimentais da família Sousa deveriam ter regressado à família."