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Ramalho Eanes representa Portugal em cerimónia do 80.º aniversário da II Guerra Mundial

01 de setembro de 2019 às 08:48
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Líderes dos Estados-membros da UE e da NATO participam este domingo em Varsóvia numa cerimónia que assinala o 80.º aniversário do início da II Guerra Mundial. Marcelo Rebelo de Sousa pediu ao general que o representasse.

Líderes dos Estados-membros da União Europeia e da NATO participam este domingo em Varsóvia numa cerimónia que assinala o 80.º aniversário do início da II Guerra Mundial e Portugal está representado pelo ex-Presidente da RepúblicaAntónio Ramalho Eanes.

O Presidente da RepúblicaMarcelo Rebelo de Sousapediu ao general António Ramalho Eanes que o representasse, dado o significado desta cerimónia a nível europeu e mundial, a sua relevância para a Polónia, e os laços de amizade e cooperação existentes entre Portugal e a Polónia.

Numa mensagem publicada na página da Presidência, Marcelo Rebelo de Sousa apelou ao ensino daII Guerra Mundialaos jovens, assinalando o atual "recrudescer de pulsões extremistas e intolerantes" e "novas formas de populismo radical e xenófobo".

"No nosso tempo, caracterizado por novas ameaças à democracia e à liberdade, marcado pelo recrudescer de pulsões extremistas e intolerantes, pelo surgimento de novas formas de populismo radical e xenófobo, devemos revisitar a catástrofe de há 80 anos, para não repetir os erros desse pretérito imperfeito", defendeu Marcelo Rebelo de Sousa.

Na mensagem, Marcelo sublinha que "Portugalé um país de paz, uma pátria de tolerância".

"Assim queremos que seja, e que continue a ser. Devemos, pois, ensinar às gerações mais novas o que foi a Segunda Guerra Mundial, para que os seus milhões de mortos não tenham perecido em vão", lê-se na mensagem do Presidente.

Marcelo lembra "o começo de um dos mais graves conflitos da História da Humanidade, que para sempre ficará inscrito na memória do mundo".

"A guerra de 1939-1945 opôs a liberdade à tirania, a democracia à ditadura, a tolerância ao racismo e à xenofobia. Devemos, por isso, assinalar o passado, e as suas tragédias, com um sentido de presente e como uma lição de futuro. Cultivarmos a paz e o respeito pelo outro é a melhor forma de homenagearmos as vítimas militares e civis da Segunda Guerra Mundial", sustenta, pedindo que os 80 anos do conflito sejam evocados "em espírito de fraternidade europeia e mundial".

O principal evento da comemoração terá lugar em Varsóvia, na Praça Pilsudski, frente ao Monumento ao Soldado Desconhecido.

Nesta cerimónia na Polónia, o local onde a primeira batalha entre as forças polacas e alemãs ocorreu em setembro de 1939, quando a Alemanha invadiu a Polónia, estarão presentes os líderes dos estados membros na União Europeia e da NATO.

Durante a II Guerra Mundial, mais de 6 milhões de cidadãos polacos foram mortos, metade dos quais eram judeus, e o país ficou devastado nos quase seis anos de duração da guerra.

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