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Protesto contra amianto e violência encerra escola na Damaia

25 de outubro de 2019 às 09:45
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Um protesto do S.TO.P encerrou esta sexta-feira uma escola básica na Amadora. Iniciativa nacional começou por ser para exigir a retirada de amianto e estendeu-se à violência nas escolas.

Um protesto do Sindicato de Todos Os Professores (S.TO.P) encerrou esta sexta-feira uma escola básica na Amadora, numa iniciativa nacional que começou por ser para exigir a retirada deamiantoe se estendeu à violência nas escolas.

Em declarações à agência Lusa, André Pestana, do S.TO.P explicou que este protesto fechou a Escola Básica Prof. Pedro D'Orey da Cunha, na Damaia, concelho daAmadora, não só por causa da presença de amianto, mas também pelos diversos casos de violência em contexto escolar e pela falta de funcionários.

"Esta escola fechou porque há umagrevenacional contra o amianto a decorrer. Mas fechou não só pela insegurança associada a estarem no local de trabalho pessoas a respirar substâncias comprovadamente cancerígenas (...), mas também devido às recentes notícias e a outro tipo e insegurança: há um certo sentimento de impunidade perante as várias agressões nas escolas", afirmou.

André Pestana disse que o S.TO.P está solidário com todas as comunidades educativas, professores e funcionários agredidos e sublinha: "o Governo tem responsabilidade nesta manteria".

"Quando há falta estrutural de funcionários isso permite que mesmo nos recreios -- e temos vários relatos de alunos - é normal em algumas escolas haver agressões diárias", afirmou.

Este protesto vai estender-se até final do mês e na próxima semana o S.TO.P já tem agendado outro protesto do género, que encerrará outro estabelecimento de ensino. Questionado pela Lusa, escusou-se dizer qual, remetendo para "mais em cima do acontecimento".

Esta greve do amianto convocada pelo S.TO.P já encerrou até hoje oito escolas, mas o sindicato espera que, com o alargamento dos motivos dos protestos, cresça igualmente o número de escolas encerradas.

O S.TO.P apela ainda aos restantes sindicatos da educação para que se juntem a estes protestos.

O sindicato começou por entregar um pré-aviso de greve para 15 dias, período que terminava a meio deste mês, com uma renovação até 31 de outubro.

Esta foi a primeira greve realizada depois da revisão de estatutos do sindicato, que agora abrange "todos os profissionais de educação.

De acordo com o STOP, há cerca de 100 escolas onde o amianto continua a ser um problema para alunos, professores, funcionários e pessoas que vivem nas proximidades.

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