Sérgio Janeiro foi ouvido na Comissão de Saúde, a pedido do PS e do Chega sobre a situação do INEM, nomeadamente a gestão das greves que estão a ser associadas à morte de 11 pessoas.
O presidente do INEM afirmou hoje que sente ter condições para continuar no cargo e assegurou aos deputados que pretende continuar a trabalhar na resolução dos problemas de fundo do instituto "até ao último dia".
TIAGO PETINGA/LUSA
"Sim, sinto que tenho condições para continuar", afirmou Sérgio Janeiro na Comissão de Saúde, onde foi ouvido a pedido do PS e do Chega sobre a situação do INEM, e depois de ter sido questionado por deputados desses partidos sobre se pretendia manter-se em funções.
O responsável do instituto disse ainda que sente ter a confiança da tutela e que não pretende desistir da "missão" de trabalhar até ao último dia para "resolver os problemas de fundo do INEM".
O objetivo é deixar o INEM "com mais vigor, mais dinâmico e mais sustentável sem ser à custa do trabalho suplementar e de um esforço que não é possível continuar a exigir aos seus profissionais", salientou.
Perante os deputados, Sérgio Janeiro adiantou ainda que, desde que tomou posso, teve reuniões quinzenais com a secretária de Estado da Gestão da Saúde, que tinha a tutela do INEM, nas quais os temas prioritários foram o processo do helitransporte de emergência e a revisão da carreira e as grelhas salariais dos técnicos de emergência pré-hospitalar (TEPH).
No âmbito dessas reuniões, ficaram previstas no orçamento do instituto para 2025 mais 400 vagas para TEPH e mais vagas para outros 300 profissionais das várias categorias, avançou o responsável do instituto, salientando que essas contratações de técnicos vai permitir reduzir a despesa com horas extra.
"Neste momento, o que seria necessário para se garantir todas as funções no local de trabalho a 100% - coisa que é impossível de momento - seriam 877 mil horas extra por ano só de técnicos. Com mais 200 TEPH, passarão a meio milhão de horas e com mais 400 passarão a 425 mil horas", referiu.
Relativamente à decisão da ministra da Saúde, Ana Paula Martins, de chamar a si a dependência direta do INEM, Sérgio Janeiro assegurou que não sentiu "isso como uma desautorização" pessoal.
Ana Paula Martins promoveu uma reunião em que esteve presente o presidente do instituto e a secretária de Estado da Gestão da Saúde, antes de ser anunciado publicamente a sua decisão, onde comunicou que esta "seria uma forma de demonstrar o compromisso do seu ministério em priorizar os trabalhos no INEM", disse Sérgio Janeiro.
No início do mês, duas greves em simultâneo - da administração pública e dos técnicos do INEM às horas extraordinárias -- levaram à paragem de dezenas de meios de socorro e a atrasos significativos no atendimento das chamadas para os Centros de Orientação de Doentes Urgentes (CODU).
Estas paralisações tornaram evidentes a falta de meios humanos no instituto, com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, a chamar a si competência direta do instituto que estava delegada na secretária de Estado da Gestão da Saúde.
As mortes de 11 pessoas alegadamente associadas a falhas no atendimento do INEM motivaram a abertura de sete inquéritos pelo Ministério Público (MP), um dos quais já arquivado. Há ainda um inquérito em curso da Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS).
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
Queria identificar estes textos por aquilo que, nos dias hoje, é uma mistura de radicalização à direita e muita, muita, muita ignorância que acha que tudo é "comunista"