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Presidente da Comissão de Inquérito à TAP demite-se. Lacerda Sales é o substituto

Jorge Seguro Sanches demitiu-se da presidência da CPI à TAP. Fuga de informações e gestão de grelhas na origem da decisão.

O presidente da Comisão Parlamentar de Inquérito (CPI) à TAP apresentou a sua demissão do cargo depois de ontem ter ameaçado bater com a porta. Em causa estão as fugas de informação e a agenda dos trabalhos. O cargo vai passar a ser ocupado por Lacerda Sales.

Sérgio Lemos/Cofina Media

"Deselegante" foi o adjetivo usado por Jorge Seguro Sanches para classificar a forma como deputados da CPI à TAP tentaram, na terça-feira, mudar a grelha de tempos de resposta para alargar as audições que estão agendadas para os próximos dias.

O desagrado do socialista levou-o a abandonar os trabalhos, deixando Paulo Rios de Oliveira, do PSD, a substitui-lo provisoriamente. O PS era o único partido confortável com a grelha de tempos para as audições, que a oposição considerou insuficiente para conseguir as respostas por exemplo deHumberto Pedrosa, ouvido ontem.

A decisão da demissãoera para ter sido comunicada ontem durante a reunião de coordenadores da CPI, que acabou por não se realizar. Por isso, só esta quarta-feira à tarde acabou por formalizar a sua demissão.

A CPI tem prazo para acabar a 23 de maio e é necessário aprovar a sua prorrogação para garantir que há tempo para ouvir alguns dos protagonistas políticos mais relevantes como Pedro Nuno Santos, Hugo Mendes e Fernando Medina.

Seguro Sanches já tinha dado nota de estar descontente com a forma como estava a decorrer a CPI, com a fuga de informação que revelou divergências entre os ministérios das Infraestruturas e das Finanças sobre os fundamentos da demissão da CEO e do chairman da TAP e tornou pública a forma como foi preparada a audiência de Christine Ourmier-Widener.

Recorde-se que esta semana o presidente da Assembleia da República Augusto Santos Silva nomeou a deputada Alexandra Leitão para conduzir uma investigação interna sobre essa alegada fuga de informação.

Em causa pode estar um crime de divulgação de documentos classificados, que pode levar a uma participação ao Ministério Público.

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