O exército russo indicou que há 68 portugueses no terreno a combater ao lado dos ucranianos e 19 foram já mortos pelas forças russas.
Portugal tem registo de sete cidadãos nacionais que foram para a Ucrânia como "combatentes voluntários" e nenhuma morte, indicou hoje o Ministério dos Negócios Estrangeiros, após o anúncio pelo exército russo de 19 "mercenários" portugueses mortos no terreno.
REUTERS/Oleksandr Ratushniak
"Há registo de sete cidadãos nacionais que contactaram os serviços do Ministério dos Negócios Estrangeiros informando da sua deslocação para a Ucrânia a título de ‘combatente voluntário’. Não há registo de mortes", disse o MNE à Lusa.
O exército russo indicou hoje que, dos cerca de 7.000 combatentes estrangeiros na Ucrânia, há 68 portugueses no terreno a combater ao lado dos ucranianos e 19 foram já mortos pelas forças russas.
Portugal figura numa tabela com o número de combatentes estrangeiros que o Ministério da Defesa da Rússia divulgou hoje, onde se lê que, desde o início da guerra, a 24 de fevereiro, chegaram à Ucrânia 103 combatentes portugueses, dos quais 19 foram "eliminados", e 16 já deixaram o país.
O MNE português reiterou hoje igualmente que "dada a situação vivida naquele país, deverá ser evitado qualquer tipo de deslocação para a Ucrânia", acrescentando que "os cidadãos que por qualquer motivo tenham, ainda assim, de o fazer deverão sinalizar a deslocação junto do Gabinete de Emergência Consular".
Segundo os números da Rússia, cerca de 7.000 "mercenários estrangeiros" de 64 países chegaram à Ucrânia desde o início do conflito, e quase 2.000 destes foram mortos pelas forças russas.
"As nossas listas, de 17 de junho, incluem mercenários e especialistas em armas de um total de 64 países. Desde o início da operação militar especial, 6.956 chegaram à Ucrânia, 1.956 já foram eliminados e 1.779 saíram" do país, referiu o Ministério da Defesa russo em comunicado.
Desde o início da invasão russa da Ucrânia, milhares de voluntários estrangeiros, principalmente europeus, viajaram para o país para ajudar as forças de Kiev.
A Rússia apresenta esses combatentes como "mercenários", um termo pejorativo que sugere que estes são motivados pelo dinheiro.
Os separatistas pró-russos condenaram três destes combatentes à morte, dois britânicos e um marroquino.
Por seu lado, a Ucrânia e os seus aliados ocidentais sublinham que, se há mercenários, estes estão do lado russo, em particular no grupo Wagner, cujos elementos foram deslocados da Síria para a Líbia, via Mali.
A ofensiva militar russa na Ucrânia causou já a fuga de mais de 15 milhões de pessoas de suas casas – mais de oito milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para os países vizinhos -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Também segundo as Nações Unidas, cerca de 15 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária na Ucrânia.
A invasão russa – justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento para a Ucrânia e a imposição à Rússia de sanções que atingem praticamente todos os setores, da banca ao desporto.
A ONU confirmou que 4.509 civis morreram e 5.585 ficaram feridos na guerra, que hoje entrou no seu 114.º dia, sublinhando que os números reais poderão ser muito superiores e só serão conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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