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Pedro Nuno e Raimundo: Quanto mais me bates, menos gosto de ti

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 18 de fevereiro de 2024 às 00:21

Como dois ex-namorados, os líderes do PS e PCP lembraram memórias bonitas e ponderam voltar. Mas como todas as relações, há más recordações: Raimundo falou de "chantagens", Pedro Nuno lembrou "negas".

Dois secretários-gerais, dois ex-parceiros de geringonça — e podem reacender a chama da aliança se houver maioria de esquerda. No debate entre Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS, e Paulo Raimundo, secretário-geral do PCP, houve mais convergência do que dissonância. Falou-se dos tempos de namoro, de incidência parlamentar, com Raimundo a mostrar-se disponível para "o que for positivo" para os portugueses. Mas como qualquer conversa com um ex-parceiro, existem más memórias do relacionamento antigo: o líder comunista acusou o PS de "chantagem" nas negociações do Orçamento do Estado para 2022, enquanto Pedro Nuno chorou as "negas" do PCP a pacotes do PS, nomeadamente a Agenda do Trabalho Digno. No fim, o líder do PS venceu a discussão com a cartada do "voto útil" — como o/a namorado/a que diz "não arranjas melhor".

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