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PCP sobre BE: Uns juntam com o bico, outros espalham com patas

22 de setembro de 2016 às 18:27
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Líder parlamentar do PCP muito crítico em artigo do Avante! acusa o BE de "espalhar com as patas" o que os outros partidos "estão a juntar com o bico". Novo imposto imobiliário está a dividir a "geringonça"

O líder parlamentar do PCP sugeriu num artigo de opinião do jornal Avante! que uns partidos que fazem parte da actual solução governativa andam a "juntar com o bico" e o BE a "espalhar com as patas".

A propósito da polémica sobre o eventual novo imposto sobre o património de luxo e o protagonismo assumido pela deputada bloquista Mariana Mortágua, João Oliveira titula o texto com a frase final: "Ainda que, às vezes, pareça que andam uns a juntar com o bico e outros a espalhar com as patas...".

"Para o PCP, é essencial uma política que combata a injustiça fiscal, é necessária a consideração adequada de cada imposto nas suas implicações económicas, de receita e de justiça fiscal, critérios que obviamente devem aplicar-se também aos impostos sobre património de valor muito elevado e a avaliação terá que ser feita globalmente e não imposto a imposto", defendeu.

Para o presidente do grupo parlamentar do PCP são aqueles os "critérios que levarão à apreciação sobre o Orçamento do Estado" por parte do seu partido. "O saldo do que aconteceu na última semana, depois do apressado anúncio feito pelo BE e confirmado pelo PS a propósito do imposto sobre o património imobiliário de valor elevado, confirma que posturas e critérios errados não se limitam apenas a criar dificuldades a boas medidas que podem ser tomadas, oferecem ainda de bandeja a outros [neste caso, a PSD e CDS] a oportunidade de branquearem as suas opções", lê-se.

O texto de João Oliveira vinca que "uma ideia que podia vir a ser uma boa proposta fiscal foi imediatamente transformada num alvo de todo o tipo de bombardeamento especulativo" e "está a ser apresentada como uma ameaça e, pior de tudo, deu a PSD e CDS uma oportunidade de ouro para ocultarem a responsabilidade pelo saque fiscal que impuseram e criarem dificuldades à sua reversão".

"Ao anunciar a criação de um imposto cujos principais elementos estavam ainda em discussão - incluindo entre o PCP e o Governo -, o BE procurou, uma vez mais, antecipar-se no anúncio de uma medida de forma a chamar a si os créditos pela aprovação daquilo que não depende apenas da sua vontade ou intervenção", acusa o parlamentar comunista.

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