Sábado – Pense por si

O marxismo-leninismo da geração Z

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 19 de novembro de 2022 às 18:00

No aniversário da juventude comunista, houve um DJ, alguma marijuana, boa feijoada, enorme convicção e nenhuma dúvida sobre o secretário-geral, que o Comité Central é que sabe.

De bandeira vermelha com a foice e o martelo na mão, cerca de 300 jovens comunistas musicavam Um Tapinha Não Dói de Furacão 2000. Contudo, o hit no início de milénio tinha outra letra. “A propina dói”, berravam os jotas enquanto caminhavam pela escuridão da rua José Dias, em Corroios (distrito de Setúbal), revirando as cabeças dos moradores que, ora entusiasmados, ora aborrecidos, vinham à janela ver o que se passava. Aquele não era um sábado qualquer. Era dia de conferência do partido, a quarta em mais de 100 anos de existência, marcada pela eleição de um novo secretário-geral, Paulo Raimundo. Àquela hora, pelas 19h38, enquanto o Comité Central do PCP estava no pavilhão do Alto do Moinho a confirmar Paulo Raimundo como novo líder, os jotas faziam-se ao caminho para a sua própria festa: o 43º aniversário da Juventude Comunista Portuguesa. São eles o futuro do PCP.

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