Sábado – Pense por si

Montenegro defende que é natural novo Governo fazer substituições de altos cargos

Lusa 07 de maio de 2024 às 18:26
As mais lidas

"Iniciámos um ciclo novo de Governo, dentro desse ciclo é natural que haja substituições de altos cargos de responsabilidade que têm a ver com a execução do Programa do Governo e com o exercício de responsabilidades que têm tutelas políticas", defendeu o primeiro-ministro.

O primeiro-ministro, Luís Montenegro, defendeu esta terça-feira que é natural um novo Governo fazer substituições de altos cargos e desafiou os jornalistas a compararem as mudanças feitas agora com as de anteriores governos em igual período de tempo.

FILIPE AMORIM/LUSA

"Nós iniciámos um ciclo novo de Governo, dentro desse ciclo é natural que haja substituições de altos cargos de responsabilidade que têm a ver com a execução do Programa do Governo e com o exercício de responsabilidades que têm tutelas políticas. É preciso dizer isto com naturalidade, sem dramatismos", declarou Luís Montenegro, em resposta à comunicação social.

O primeiro-ministro falava no fim de uma reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, na sede do Conselho Económico e Social, em Lisboa, a propósito da exoneração de José Barros Correia do cargo de diretor nacional da Polícia de Segurança Pública (PSP), na segunda-feira, no qual foi substituído por Luís Carrilho.

Interrogado sobre o que motivou essa exoneração, Luís Montenegro começou por remeter para as declarações feitas pela ministra da Administração Interna, Margarida Blasco, afirmando apenas que "aquilo que aconteceu, enfim, aconteceu com toda a naturalidade, que é a substituição do diretor nacional da PSP".

Perante a insistência dos jornalistas para que explicasse a mudança na direção nacional da PSP, o chefe do Governo respondeu: "Há razões de natureza operacional e há razões de natureza da relação entre a tutela e a direção nacional da PSP. Essas razões têm a ver com a execução do Programa do Governo e com o exercício da tutela".

"Devo, aliás, acrescentar o seguinte: nós iniciámos um ciclo novo de Governo, dentro desse ciclo é natural que haja substituições de altos cargos de responsabilidade que têm a ver com a execução do Programa do Governo e com o exercício de responsabilidades que têm tutelas políticas. É preciso dizer isto com naturalidade, sem dramatismos. Não vale a pena estarmos a criar casos", argumentou.

Questionado se recusa que o Governo esteja a fazer mudanças em função de uma agenda partidária, Luís Montenegro reagiu dizendo que leva a mal essa pergunta: "Era o que faltava que houvesse algum Governo que tivesse uma agenda partidária para a PSP. Levo mesmo a mal. Era o que faltava. Não há nenhuma agenda partidária. Há uma agenda de trabalho, e é preciso respeitar isso".

"Aliás, os senhores jornalistas, se quiserem dar-se a esse trabalho, podem ir comparar a quantidade de substituições que governos anteriores a este fizeram no mesmo período que nós já levamos de mandato", sugeriu, em seguida.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
No país emerso

Por que sou mandatária de Jorge Pinto

Já muito se refletiu sobre a falta de incentivos para “os bons” irem para a política: as horas são longas, a responsabilidade é imensa, o escrutínio é severo e a remuneração está longe de compensar as dores de cabeça. O cenário é bem mais apelativo para os populistas e para os oportunistas, como está à vista de toda a gente.

Visto de Bruxelas

Cinco para a meia-noite

Com a velocidade a que os acontecimentos se sucedem, a UE não pode continuar a adiar escolhas difíceis sobre o seu futuro. A hora dos pró-europeus é agora: ainda estão em maioria e 74% da população europeia acredita que a adesão dos seus países à UE os beneficiou.