A auditoria aos contratos de assessoria acontece na sequência da constituição de ex-secretário de Estado como arguido suspeito dos crimes de corrupção e participação económica em negócio.
A ministra da Defesa Nacional, Helena Carreiras, anunciou esta terça-feira que pediu à Inspeção-Geral da Defesa Nacional (IGDN) que faça uma auditoria aos contratos de assessoria no ministério que lidera, na sequência das suspeitas que recaem sobre o ex-secretário de Estado Marco Capitão Ferreira.
TIAGO PETINGA/LUSA
A ministra garantiu que não agiu antes por não ter indícios dos alegados crimes cometidos por Capitão Ferreira. "Sempre que houve indícios procurei fazer o que devia ser feito", disse àCNN. Helena Carreiras já tinha pedido uma auditoria aos serviços e organismos do Ministério da Defesa e agora anunciou uma nova auditoria aos contratos de assessoria.
Helena Carreiras já tinha solicitado ao Tribunal de Contas uma auditoria financeira à idD Portugal Defence, depois de Marco Capitão Ferreira, ex-secretário de Estado que presidiu a esta holding, ter sido constituído arguido
Sobre os relatórios e contas de 2021 e 2022 da IdD, que não estão publicados no site da empresa e geraram críticas de alguns partidos, o ministério salienta que estas contas, depois de serem aprovadas pelo conselho de administração, emitido o parecer do conselho fiscal, e certificadas legalmente pelo revisor oficial de contas, são enviadas ao Tribunal de Contas e à Autoridade Tributária, "independentemente da respetiva aprovação em Assembleia Geral".
Quanto à prestação de contas de 2021, já foi enviada ao Tribunal de Contas, à Autoridade Tributária e à Direção Geral do Tesouro e Finanças (DGTF). Sobre as contas de 2022, o ministério adianta que aguardam parecer do conselho fiscal, "que será emitido durante a próxima semana", seguindo depois o processo normal.
A Assembleia Geral que procederá à aprovação das contas de 2021 e 2022 está agendada para 06 de setembro.
Marco Capitão Ferreira demitiu-se do cargo de secretário de Estado da Defesa Nacional na semana passada e, no mesmo dia, foi constituído arguido no âmbito da operação ‘Tempestade Perfeita’, sendo suspeito dos crimes de corrupção e participação económica em negócio.
De 2020 a 2022, foi presidente do conselho de administração da IdD Portugal Defence e administrador da OGMA, S.A. Entre 2021 e 2022, ocupou ainda o cargo de presidente do conselho de administração da Extra, S.A..
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