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Marcelo recusa "triunfalismos" injustificados em relação a Monchique

11 de agosto de 2018 às 15:24
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O Presidente da República sublinhou que não é a ausência de vítimas mortais que traz "consolo" à população. "Vamos terminar esta batalha, esta guerra e esta época [de incêndios]", afirmou o chefe de Estado.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, sublinhou este sábado que não é a ausência de vítimas mortais que traz "consolo" à população, recusando entrar em "triunfalismos" injustificados, em relação ao incêndio que deflagrou em Monchique, no Algarve.

Marcelo pedrogao
Marcelo Rebelo de Sousa
Marcelo pedrogao
Marcelo Rebelo de Sousa

"O que eu sugeriria humildemente era o seguinte: sem triunfalismos, que não se justificam, sem juízos negativos definitivos já, mas sim preocupações, desabafos e sugestões para o futuro. Vamos terminar esta batalha, esta guerra e esta época [de incêndios]", afirmou o chefe de Estado.

Marcelo Rebelo de Sousa respondia assim, à saída de um 'briefing' no posto de comando da Protecção Civil, instalado no centro da vila de Monchique, a alguns populares e um vereador da autarquia que o questionaram sobre a apreciação feita na sexta-feira pelo Governo à operação de combate ao incêndio, além de se queixarem de falta de coordenação, de comunicações e de meios parados, por exemplo.

Nesse dia, o ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou que "a grande vitória" da operação de combate ao incêndio de Monchique é a inexistência de vítimas mortais, acrescentando estar satisfeito por poder "celebrar" o facto de ninguém ter morrido.

Questionado depois pelos jornalistas sobre estas declarações, o Presidente da República recusou falar sobre o que, a seu ver, "não é essencial".

"É prematuro, neste momento, estar a olhar para uma batalha que está perto da conclusão, mas que não está concluída, e uma guerra que está longe de estar concluída e fazer um balanço daquilo que aconteceu globalmente", sublinhou.

O incêndio rural, combatido por mais de mil operacionais e considerado dominado na sexta-feira de manhã, deflagrou no dia 3 à tarde, em Monchique, distrito de Faro, e atingiu também o concelho vizinho de Silves, depois de ter afectado, com menor impacto, os municípios de Portimão (no mesmo distrito) e de Odemira (distrito de Beja).

A Protecção Civil actualizou o número de feridos para 41, um dos quais em estado grave (uma idosa que se mantém internada em Lisboa).

De acordo com o Sistema Europeu de Informação de Incêndios Florestais, as chamas consumiram cerca de 27 mil hectares. Em 2003, um grande incêndio destruiu cerca de 41 mil hectares nos concelhos de Monchique, Portimão, Aljezur e Lagos.

Na terça-feira, ao quinto dia de incêndio, as operações passaram a ter coordenação nacional, na dependência directa do comandante nacional da Protecção Civil, depois de terem estado sob a gestão do comando distrital.

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