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Governo já nomeou mais de 20 ex-assessores para altos quadros do Estado

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 07 de março de 2019 às 07:00

Chegou a febre das nomeações: dezenas de ex-assessores, ex-adjuntos e ex-chefes de gabinete deste Governo estão a passar diretamente para cargos de direção na Administração Pública.

Desde que esta legislatura começou, a carreira de Bruno Adrego Maia progrediu. Até então assessor jurídico de 36 anos daCâmara Municipal de Lisboa, foi nomeado em janeiro de 2016 adjunto do então secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares,Pedro Nuno SantosDois anos e meio depois, abrem vagas no conselho diretivo do Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) e Bruno Maia volta a trocar de funções, após a secretária de Estado da Justiça, Anabela Pedroso, o nomear vogal em regime de substituição em julho de 2018. Por lei, um dirigente só deveria estar neste regime durante 90 dias úteis, até à conclusão do procedimento concursal a desenvolver pela Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP). Contudo, até hoje, quase 200 dias úteis depois, Bruno Maia ainda é vogal do IRN em regime de substituição - e o concurso para o cargo ainda nem abriu.

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