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Fernando Medina, o cativador implacável

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 27 de outubro de 2022 às 20:00

Em 2023, o bolo de despesa que só pode ser usado com a autorização do ministro das Finanças será o mais alto em pelo menos uma década. Serviços públicos enfrentam via-sacra burocrática para desbloquear o dinheiro. Técnicos do Parlamento alertam para dano "inescapável" no serviço prestado às pessoas.

É na segunda metade do ano, a partir de julho ou agosto, que os carros na PSP “começam a encostar por falta de manutenção”, conta Paulo Santos. O presidente da Associação Sindical dos Profissionais da Polícia diz que a partir desses meses os comandantes começam a falar em falta de dinheiro para aquilo que nos orçamentos se chama “aquisição de bens e serviços”: a manutenção dos carros-patrulha, a compra de equipamentos de proteção pessoal ou simples toners para as impressoras e reparações nas esquadras. As histórias são semelhantes às ouvidas noutras esferas públicas, como o SNS. “Pode dar-se o ridículo de um bloco operatório ficar parado porque falta um assistente operacional que, passados sete meses de ter sido feito o pedido, ainda não foi contratado”, conta um gestor hospitalar, sob anonimato.

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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".