Jorge Silva abre a folha de cálculo no computador e milhares de números deslizam no ecrã. Nas colunas e linhas estão a idade, o escalão e outros dados profissionais de cada um dos 108 mil professores em Portugal – identificados por um número – que terão o tempo de serviço descongelado. A folha espelha o trabalho para avaliar quanto custará aos contribuintes o descongelamento. "Para fazermos isto com rigor eram precisos os dados de cada professor e ter acesso a essa informação foi a parte mais difícil", explica Jorge, 38 anos, um dos quatro técnicos da pequena, mas influente, Unidade Técnica de Apoio Orçamental (UTAO). "Primeiro que a porta se abrisse passaram meses", diz Vítor Canarias, 47 anos, que fez dupla com Jorge Silva para avaliar o custo.

A pequena e influente UTAO: os cinco que escrutinam as contas

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