A Fenprof admite avançar para a greve no início do próximo ano letivo, caso o próximo Orçamento do Estado não preveja medidas de valorização da profissão docente e de reforço de respostas das escolas.
ANTÓNIO COTRIM/LUSA
O anúncio foi feito hoje pelo secretário-geral da Fenprof, Mário Nogueira, durante uma conferência de imprensa marcada para apresentar a avaliação da federação ao ano letivo que terminou e divulgar as expectativas para o próximo, que começa em setembro.
"Depois de conhecermos a proposta de Orçamento do Estado e se ao longo do debate se mantiver a ausência de medidas que valorizem a profissão docente e reforcem a capacidade de resposta das escolas para aquilo que é preciso, não descartamos nenhuma forma de luta incluindo a greve que poderá vir a ter de se realizar ainda no primeiro período", disse Mário Nogueira.
"Não estou a dizer que vai ter de ser feita, e oxalá que não seja preciso, porque a melhor forma de luta é aquela que não foi preciso realizar, porque é sinal que houve respostas para resolver os problemas", sublinhou o sindicalista.
Mário Nogueira defendeu que "a situação não pode continuar como até agora, ou seja, os professores continuam a ser ignorados na política governativa e a Educação e a escola pública continuam a ser passados para segundo plano por parte dos governos".
No início de agosto, uma delegação da Fenprof vai reunir-se com representantes do Ministério da Educação para uma reunião que Mário Nogueira espera ser para "dar resposta ao problema da precariedade" e "da carreira que está destroçada".
Descubra as Edições do Dia
Publicamos para si, em dois períodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.