As subvenções públicas aumentaram 17% no ano passado. O dinheiro do Estado tem uma influência crucial em todo o lado: empresas, desporto, cultura, religião, ação social. IGF diz que falta controlo.
Em dezembro do ano passado, a Câmara Municipal de Lisboa transferiu 10.687 euros para o Clube de Futebol Os Belenenses – o Belenenses, como é conhecido – para “apoio ao movimento associativo desportivo”. Meses antes, em Setúbal, a autarquia concedera um apoio de 347,5 mil euros para o Templo de Setúbal da Igreja Evangélica Filadélfia. No verão, em Alter do Chão, a autarquia decidiu transferir 115 mil euros para as atividades de ação social das instituições ligadas à Santa Casa da Misericórdia da região. Daí a meses fez-se em Lisboa e em Sintra o festival de cinema Leffest, organizado pela Leopardo Filmes do produtor Paulo Branco, que os dois municípios apoiaram com 500 mil euros. Em Almada foram enviados 12 mil euros para a Associação Iniciativas Populares Para a Infância do Concelho de Almada comprar um carro novo. Já no fim do ano, a têxtil nortenha Riopele viu ser-lhe atribuído um apoio de 632 mil euros ao abrigo das verbas europeias do Plano de Recuperação e Resiliência.
Das empresas à Igreja, da cultura à ação social: para onde vão 8,76 mil milhões em subvenções
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O espaço lusófono não se pode resignar a ver uma das suas democracias ser corroída perante a total desatenção da opinião pública e inação da classe política.
É muito evidente que hoje, em 2025, há mais terraplanistas, sim, pessoas que acreditam que a Terra é plana e não redonda, do que em 1925, por exemplo, ou bem lá para trás. O que os terraplanistas estão a fazer é basicamente dizer: eu não concordo com o facto de a terra ser redonda.
O regresso de Ventura ao modo agressivo não é um episódio. É pensado e planeado e é o trilho de sobrevivência e eventual crescimento numa travessia que pode ser mais longa do que o antecipado. E que o desejado. Por isso, vai invocar muitos salazares até lá.