Comunistas acusados de branquear o que se passa no país liderado por Maduro
O Parlamento aprovou, esta sexta-feira, um voto de condenação proposto pelo CDS-PP sobre o agravamento da "situação de instabilidade e insegurança" na Venezuela, com a oposição do PEV e do PCP, acusado de "branquear" o regime "ditatorial".
O voto aprovado por todas as bancadas, à excepção dos comunistas e dos ecologistas, "condena o agravamento da situação política e a perturbação grave da ordem democrática, com consequências terríveis para o povo venezuelano e para a comunidade portuguesa residente" naquele país.
O Parlamento português insta as autoridades venezuelanas a "conter a violência e a respeitar os direitos da oposição democrática, restituindo a ordem constitucional na Venezuela" e apela para que "permitam a atuação das organizações internacionais de ajuda" às populações.
O PCP viu aprovados dois pontos de um voto de "repúdio pelas acções de ingerência e desestabilização" contra a Venezuela, nos quais se reafirma "o direito do povo venezuelano a decidir soberanamente sobre o seu caminho de desenvolvimento livre de quaisquer ingerências e pressões externas e em paz".
Com a abstenção do PS, os votos contra do PSD, do CDS e de oito deputados socialistas, o segundo ponto aprovado manifesta "apoio e solidariedade à comunidade portuguesa" que, "como o povo venezuelano, é vítima da campanha de ingerência e desestabilização".
No debate, a deputada do PSD Sara Madruga acusou o PCP de "branquear o que se passa na Venezuela", considerando que "falar de ingerência externa é ser cúmplice do regime antidemocrático da Venezuela".
Em defesa do voto apresentado pelo PCP, Carla Cruz defendeu que a Venezuela é vítima de "acções de ingerência, desestabilização" interna e externa há vários anos e criticou o "oportunismo do PSD e do CDS", que acusou de "instrumentalizar a comunidade portuguesa" que reside naquele país.
Pelo PS, Paulo Pisco considerou que a situação na Venezuela, de "rotura de bens alimentares e medicamentos, de inflação descontrolada e de falência do sistema de saúde" é "uma realidade que não se pode mascarar alegando que todos os males são provocados por ingerência externa".
Já o deputado do CDS Telmo Correia considerou que a posição do PCP "é uma vergonha", frisando que a oposição na Venezuela pede "eleições livres e justas e a libertação dos presos políticos".
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