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China: o império no meio da academia portuguesa

Bruno Faria Lopes , Nuno Tiago Pinto 17 de junho de 2022 às 14:00

Ao contrário de outros países ocidentais, em Portugal a presença oficial chinesa na faculdades nacionais não levanta polémica. Mas os serviços de informação da República dizem estar atentos.

Foi há oito anos que um incidente no campus da Universidade do Minho, em Braga, saltou para os media internacionais. Pouco antes da conferência anual da Associação Europeia para os Estudos Chineses, a responsável pelo órgão político que tutela os Institutos Confúcio espalhados pelo mundo - os centros de promoção da língua e cultura da China - ordenou aos seus funcionários que removessem todos os materiais relativos ao programa da conferência. A então vice-ministra Xu Lin mandou devolver os referidos materiais dias depois, mas já sem as páginas que tinham sinopses de trabalhos académicos contrários à linha política do Partido Comunista Chinês (PCC) - e sem a referência ao patrocínio por uma fundação de Taiwan, país cuja soberania é disputada por Pequim.

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