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Universidades portuguesas ignoram recomendação europeia para romperem com instituto chinês

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 18 de maio de 2023 às 20:00

O Parlamento Europeu aponta de forma clara que o Instituto Confúcio, presente em 200 universidades europeias e cinco portuguesas, é “instrumento de ingerência” de Pequim na Europa. Universidades portuguesas dizem-se atentas – mas não veem problemas.

Quando quis justificar o afastamento este mês de um professor russo por alegadamente espalhar propaganda de Moscovo, a reitoria da Universidade de Coimbra apontou para o financiador do Centro de Estudos Russo que esse professor liderava nas instalações da universidade: a Fundação Russkyi Mir, listada pela Comissão Europeia como “um instrumento de influência” disseminador de “propaganda pro-Kremlin e anti-Ucrânia”. A fundação russa não é, contudo, a única instituição cultural com a qual a Universidade de Coimbra tem um elo que perturba as mais altas instâncias políticas europeias – há o Instituto Confúcio, o centro de língua e cultura chinesa sob a tutela do Ministério da Educação da República Popular da China.

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