Líderes das distritais batem com a porta por divergências com a direção do CDS. Na Guarda a gota de água foi não haver coligação com o PSD na Mêda.
No espaço de dias, dois líderes de distritais do CDS saem em rutura com a liderança de Francisco Rodrigues dos Santos. Nuno Serra Pereira deixa a liderança do CDS Portalegre. Henrique Monteiro demite-se do CDS Guarda.
José Sena Goulão/Lusa
" Tenho as demissões de dois terços da distrital. Solidariamente também me vou demitir", confirma à SÁBADO Henrique Monteiro, explicando que as cartas de demissão começaram a chegar mal se soube que as negociações com o PSD para uma coligação na Mêda tinham falhado.
A Mêda é um dos concelhos do país onde historicamente o CDS tem conseguido os melhores resultados e a expectativa dos centristas era liderar uma coligação com o PSD para vencer a Câmara ao PS.
Mas se há quatro anos o PSD recusou dar ao CDS o cabeça de lista à Mêda, agora a história repetiu-se.
Em 2017, o falhanço nas negociações, levou a distrital do CDS da Guarda a ver na atitude do PSD uma "falta de respeito institucional" e a decidir não m fazer nenhuma coligação com os sociais-democratas no distrito, apresentando candidaturas a todos os concelhos à excepção de Almeida onde houve uma candidatura independente.
Agora, Francisco Rodrigues dos Santos avocou as negociações mas o resultado foi idêntico e Henrique Monteiro vê nisso um "falhanço".
" A direção nacional avocou as negociações deixando à margem a distrital sem qualquer informação. O fracasso das negociações só pode ser atribuído à nacional", ataca o líder distrital.
Henrique Monteiro diz que mantinha a expectativa de que a forma como o CDS deu a liderança da coligação de Lisboa ao PSD fosse compensada por outros concelhos. "Até pensámos que a claudicação em Lisboa era para compensar na Mêda ou em Nelas", confessa, fazendo contas às coligações anunciadas para chegar à conclusão de que os resultados de Rodrigues dos Santos não são bons.
"Temos a Covilhã e São João da Madeira porque foram negociadas por Adolfo Mesquita Nunes e João Almeida, que serão os cabeças de lista", nota.
Henrique Monteiro sai lamentando não ter sido ouvido. "Fui-me queixando nos órgãos próprios da falta de comunicação", garante.
Em Portalegre, a demissão acontece, segundo uma fonte centrista, graças ao "clima de divisão" que se vive no partido e ao "mal-estar com a direção".
Contactado pela SÁBADO, Nuno Serra Pereira não quis porém fazer comentários, remetendo mais esclarecimentos para um comunicado que a distrital deverá emitir em breve.
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui ,
para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana. Boas leituras!
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
Quando tratados como a Carta das Nações Unidas, as Convenções de Genebra ou a Convenção do Genocídio deixam de ser respeitados por atores centrais da comunidade internacional, abre-se a porta a uma perigosa normalização da violação da lei em cenários de conflito.
Governo perdeu tempo a inventar uma alternativa à situação de calamidade, prevista na Lei de Bases da Proteção Civil. Nos apoios à agricultura, impôs um limite de 10 mil euros que, não só é escasso, como é inferior ao que anteriores Governos PS aprovaram. Veremos como é feita a estabilização de solos.
"O cachecol é uma herança de família," contrapôs a advogada de Beatriz. "Quando o casamento terminou, os objetos sentimentais da família Sousa deveriam ter regressado à família."