"Em minha opinião, o ponto central duma estratégia que possa ter sucesso é a identificação do adversário político do PSD", disse o antigo Presidente da República.
O ex-Presidente da República Cavaco Silva defendeu hoje que, para voltar ao poder, o PSD terá de conseguir atrair "eleitores que votaram PS" no passado, aconselhando os dirigentes sociais-democratas a evitarem falar sobre "outros partidos", numa alusão ao Chega.
JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
Numa participação, por videoconferência, na Academia de Formação Política das Mulheres Sociais-Democratas, Cavaco Silva deixou fortes críticas ao atual Governo, mas também fez questão de falar para o partido que liderou, considerando que este tipo de iniciativas tem de debater "a estratégia mais adequada" para o PSD voltar ao Governo.
"Em minha opinião, o ponto central duma estratégia que possa ter sucesso é a identificação do adversário político do PSD. Parece-me claro que o adversário político do PSD é o atual Governo e o partido de que ele emerge, havendo que não dispensar esforços em relação a qualquer outro partido", disse.
Para o antigo primeiro-ministro, a tarefa do PSD passa por "denunciar erros e omissões, violações das regras do Estado de Direito, falhas de respeito pela independência do poder judicial e tentativas de amordaçar a democracia por parte do poder socialista".
"Trata-se de defender políticas alternativas adequadas para resolver os problemas do país, mas nunca recorrendo a insultos, respeitando sempre as regras da boa educação", afirmou, salientando que a luta política faz-se "entre adversários e não entre inimigos".
Para Cavaco Silva, o objetivo principal da social-democracia tem de ser "atrair eleitores que nas últimas eleições votaram no PS".
"Sem isso, o PSD não conseguirá liderar uma mudança de governo", avisou.
Para tal, o antigo primeiro-ministro chega mesmo a aconselhar os dirigentes sociais-democratas a evitar "múltiplas perguntas sobre outros partidos políticos", considerando que têm por objetivo "impedir que eleitores que no passado votaram PS se sintam inclinados a voltar à área social-democrata", numa referência implícita a questões frequentes sobre eventuais alianças com o partido Chega.
"É fundamental não cair nessa armadilha, seria importante que esta Academia desse formação às mulheres sobre como não responder a uma única pergunta que lhe seja dirigida sobre os outros partidos, quaisquer que eles sejam", aconselhou.
A iniciativa das Mulheres Sociais-Democratas (MSD), uma estrutura autónoma do PSD, será encerrada ao final da tarde pelo presidente do partido, Rui Rio.
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