Sábado – Pense por si

Câmara de Loures vai demolir mais quatro construções precárias no bairro do Talude

Moradores terão 48h para desocupar as construções.

A Câmara de Loures vai demolir mais quatro construções precárias no bairro do Talude Militar, que foram construídas há pouco mais de uma semana, disse na segunda-feira à agência Lusa fonte da autarquia do distrito de Lisboa.

Sérgio Lemos/Sábado

A fonte referiu que foi colocado na segunda-feira um edital de aviso de demolição, dando um prazo de 48 horas para que as quatro construções fiquem desocupadas.

Segundo a fonte da Câmara Municipal de Loures, presidida pelo socialista Ricardo Leão, as famílias que estavam a viver nas construções já estavam referenciadas e os assistentes irão deslocar-se ao bairro na terça-feira.

A Câmara de Loures esclareceu ainda que não existe qualquer impedimento legal para travar a demolição das quatro habitações precárias, uma vez que a providência cautelar em vigor que suspendeu as operações desencadeadas em 14 de julho, aprovada por um tribunal administrativo de Lisboa, só abrange anteriores construções.

As quatro construções precárias terão sido reerguidas no fim de semana de 16 e 17 de agosto.

Em 14 de julho, a autarquia de Loures desencadeou uma operação de demolição de 64 casas precárias e construídas pelos moradores no Talude Militar, onde viviam 161 pessoas, tendo sido demolidas 51 no primeiro dia e outras quatro no segundo.

A operação foi entretanto suspensa após o despacho de um tribunal de Lisboa, na sequência de uma providência cautelar interposta por 14 moradores.

Artigos Relacionados
Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!

Gaza e a erosão do Direito Internacional

Quando tratados como a Carta das Nações Unidas, as Convenções de Genebra ou a Convenção do Genocídio deixam de ser respeitados por atores centrais da comunidade internacional, abre-se a porta a uma perigosa normalização da violação da lei em cenários de conflito.

Por nossas mãos

Floresta: o estado de negação

Governo perdeu tempo a inventar uma alternativa à situação de calamidade, prevista na Lei de Bases da Proteção Civil. Nos apoios à agricultura, impôs um limite de 10 mil euros que, não só é escasso, como é inferior ao que anteriores Governos PS aprovaram. Veremos como é feita a estabilização de solos.