"Ninguém ficou para trás. Só aqueles que quiseram ficar, efetivamente", declarou a vereadora com o pelouro da Habitação, durante uma reunião do executivo municipal.
A vice-presidente da Câmara Municipal de Loures, Sónia Paixão, afirmou hoje que foi oferecida uma "resposta de emergência" a todos os moradores do Bairro do Talude que ficaram sem habitação e que "só ficou para trás quem quis".
MANUEL DE ALMEIDA/LUSA
"Ninguém ficou para trás. Só aqueles que quiseram ficar, efetivamente", declarou a também vereadora com o pelouro da Habitação, durante uma reunião pública do executivo municipal de Loures, liderado pelo socialista Ricardo Leão.
Sónia Paixão, que substituiu na reunião o presidente da autarquia, respondia desta forma às questões colocadas pela oposição sobre as demolições ocorridas há cerca de uma semana no Bairro do Talude Militar.
Este assunto dominou o período de antes da ordem do dia (PAOD), durante o qual foi apresentada uma moção da CDU a exigir que aquela autarquia do distrito de Lisboa e o Governo encontrem uma solução habitacional para as famílias do Talude Militar, alertando para uma "emergência social" naquele bairro.
O documento foi chumbado, com os votos contra do PS, PSD e Chega e a favor da CDU.
Sónia Paixão explicou que Câmara de Loures constatou a existência de "barracas" no Talude em março e que tem desde aí alertado os moradores para a ilegalidade.
A autarca ressalvou que muitos moradores "estavam a viver uma ilusão de assim vir a ter uma casa" e que alguns deles adquiriram as "barracas" onde estavam a viver.
Segundo a vereadora da Habitação, desde março foram construídas ali 152 barracas, argumentando que se não houvesse uma intervenção municipal iria chegar ao último trimestre do ano com "10 vezes mais construções precárias".
"É uma questão de saúde pública e segurança", sublinhou.
Em jeito de balanço, a autarca socialista referiu que, até ao momento, a autarquia já atendeu 42 famílias do Talude e que, destas, seis já estão a beneficiar de apoio para as rendas.
Por outro lado, três famílias continuam alojadas em unidades hoteleiras.
A Câmara de Loures iniciou há uma semana uma operação de demolição de 64 habitações precárias, onde vivem 161 pessoas.
Em dois dias, foram demolidas 55, mas nesse segundo dia foi interposta uma providência cautelar por 14 moradores, que o Tribunal Administrativo de Lisboa aceitou e levou à suspensão das operações.
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Só espero que, tal como aconteceu em 2019, os portugueses e as portuguesas punam severamente aqueles e aquelas que, cinicamente e com um total desrespeito pela dor e o sofrimento dos sobreviventes e dos familiares dos falecidos, assumem essas atitudes indignas e repulsivas.
Identificar todas as causas do grave acidente ocorrido no Ascensor da Glória, em Lisboa, na passada semana, é umas das melhores homenagens que podem ser feitas às vítimas.
O poder instituído terá ainda os seus devotos, mas o desastre na Calçada da Glória, terá reforçado, entretanto, a subversiva convicção de que, entre nós, lisboetas, demais compatriotas ou estrangeiros não têm nem como, nem em quem se fiar