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Calmo na forma, errático na substância: a audição de Galamba em 7 pontos 

Bruno Faria Lopes
Bruno Faria Lopes 19 de maio de 2023 às 07:27

O ministro tinha dois objetivos principais: controlar as suas emoções e vender uma narrativa concorrente com a de Frederico Pinheiro. Passou o primeiro com distinção – e conseguiu sobreviver ao segundo, embora tenha acumulado imprecisões, respostas circulares e, por vezes, silêncio. As dúvidas sobre a sua atuação não desapareceram.

João Galamba tinha dois obstáculos principais à entrada para a comissão de inquérito sobre a gestão da TAP: a sua conhecida dificuldade em segurar as emoções ("sou colérico", admitiu na audição ontem) e a sucessão rocambolesca de acontecimentos que rodeiam o seu ministério e a companhia aérea que tutela. O ministro passou o primeiro teste com distinção, nunca saindo do roteiro preparado: falar devagar e sem arrogância, repetir as respostas estudadas e evitar responder às provocações dos deputados. No segundo, Galamba cumpriu o objetivo de produzir uma versão alternativa oficial e concorrente com a de Frederico Pinheiro – mas as respostas dadas, foram estudadas e circulares, por vezes implicando uma coisa e o seu oposto, não dissiparam as dúvidas. Vamos por partes. 

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