A jornalista Rosa Veloso - que diz ter sido posta "numa prateleira" - candidata-se à Assembleia Municipal de Celorico da Beira.
Rosa Veloso, jornalista na RTP, é candidata a presidente da Assembleia Municipal de Celorico da Beira pelo PS, que criticou assiduamente até se tornar candidata por esse mesmo partido. "Aceitei ser candidata, como independente, nas listas do PS, a presidente da Assembleia Municipal de Celorico da Beira", informou a 29 de setembro, primeiro dia de campanha para as autárquicas.
Rosa Veloso candidata-se à presidência da Assembleia MunicipalDR
Rosa Veloso anunciava aos seus seguidores do Facebook: "Em agosto recebi um convite tão inesperado como surpreendente, de alguém que apenas conhecia e com quem apenas tinha trocado algumas palavras de circunstância. Pensei, voltei a pensar. Primeiro que não. Depois, e por que não? Ou melhor, e se aceitar?". Explicava então que a sua candidatura era pelas listas do PS, concorrendo como independente.
Curiosamente, pesquisando as suas redes sociais, surgem várias críticas ao PS - desde ao antigo secretário-geral Pedro Nuno Santos, passando por Pedro Delgado Alves e criticando a ida de António Costa estudar para "uma universidade privada" - e algumas críticas, menos frequentes ao PSD. No entanto, tudo mudou a partir de agosto - o mês em que foi convidada para a candidatura - com as críticas a passarem a dirigir-se mais ao governo de Luís Montenegro do que à oposição.
Na publicação em que anunciou ser candidata pelos socialistas, um seguidor comentou: "A minha alma está parva, sempre te vi mais à direita, mas… muitas felicidades nesta candidatura pelo PS", ao que Veloso respondeu: "Sou democrata e republicana. Voto sempre em pessoas, embora se façam representar por partidos".
Jornalista Rosa Veloso candidata-se à Assembleia Municipal de Celorico da Beira pelo PS.
Facebook
Numa outra publicação um seguidor escreve: "Conheço alguém que foi promovido na RTP a colar cartazes do PS", ao que Rosa Veloso responde: "Só um? Há até quem tenha mudado de cartaz sempre que é necessário".
"O jornalismo atravessa uma crise de credibilidade tão grande quanto a democracia", escrevia na mesma publicação, acrescentando: "Após quase 40 anos de profissão, cheguei à triste conclusão de que nada serviu a ética, a isenção e o profissionalismo. Há mais de vinte anos que não mereço uma promoção, nem sair da prateleira larga e funda onde me colocaram".
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Pergunto-me — não conhecendo eu o referido inquérito arquivado que visaria um juiz — como é que certas pessoas e associações aparentam possuir tanto conhecimento sobre o mesmo e demonstram tamanha convicção nas afirmações que proferem.
E se, apesar de, como se costuma dizer, nos ouvirem, monitorizarem movimentos, localização e comportamentos, esta aceleração forçada que nos faz andar depressa demais for, afinal, tão insustentável que acabe por (espero) ter efeito contrário?