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Atribuição de nacionalidade portuguesa rende milhões à Comunidade Israelita do Porto

Diogo Barreto
Diogo Barreto 11 de fevereiro de 2022 às 07:42
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Com a entrada em vigor das mudanças à lei na nacionalidade, a certificação de descendentes de judeus sefarditas gerou um negócio que ascende a dezenas de milhões de euros.

A Comunidade Israelita do Porto (CIP) e a sua congénere de Lisboa já certificaram 86.500 pedidos de nacionalidade a judeus serfarditas, tendo mais de 32 mil sido já concedidos pelo Ministério da Justiça e estando ainda por analisar algumas dezenas de milhares. Do total de pedidos, perto de 90% foram instruídos pela comunidade judaica do Porto (76,5 mil),informa o jornal Público.

Por cada certificado a CIP cobra um emolumento de 250 euros - para além dos 250 euros da taxa da conservatória- , o que dá cerca de 19 milhões de euros desde 2015. Alguns elementos da direção têm ainda negócios privados paralelos também lucrativos relacionados com a nacionalidade dos descendentes dos sefarditas, avança também o jornalPúblico.

À frente da CIP está o advogado Francisco de Almeida Garrett, sobrinho da ex-deputada do PS, Maria de Belém Roseira, proponente das alterações à Lei da Nacionalidade, aprovadas por unanimidade no Parlamento, em 2013, que permitiram um reparo histórico e sem termo aos sefarditas expulsos de Portugal a partir do final do século XV.

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