Sábado – Pense por si

Atribuição de nacionalidade portuguesa rende milhões à Comunidade Israelita do Porto

Com a entrada em vigor das mudanças à lei na nacionalidade, a certificação de descendentes de judeus sefarditas gerou um negócio que ascende a dezenas de milhões de euros.

A Comunidade Israelita do Porto (CIP) e a sua congénere de Lisboa já certificaram 86.500 pedidos de nacionalidade a judeus serfarditas, tendo mais de 32 mil sido já concedidos pelo Ministério da Justiça e estando ainda por analisar algumas dezenas de milhares. Do total de pedidos, perto de 90% foram instruídos pela comunidade judaica do Porto (76,5 mil),informa o jornal Público.

Por cada certificado a CIP cobra um emolumento de 250 euros - para além dos 250 euros da taxa da conservatória- , o que dá cerca de 19 milhões de euros desde 2015. Alguns elementos da direção têm ainda negócios privados paralelos também lucrativos relacionados com a nacionalidade dos descendentes dos sefarditas, avança também o jornalPúblico.

À frente da CIP está o advogado Francisco de Almeida Garrett, sobrinho da ex-deputada do PS, Maria de Belém Roseira, proponente das alterações à Lei da Nacionalidade, aprovadas por unanimidade no Parlamento, em 2013, que permitiram um reparo histórico e sem termo aos sefarditas expulsos de Portugal a partir do final do século XV.

Descubra as
Edições do Dia
Publicamos para si, em três periodos distintos do dia, o melhor da atualidade nacional e internacional. Os artigos das Edições do Dia estão ordenados cronologicamente aqui , para que não perca nada do melhor que a SÁBADO prepara para si. Pode também navegar nas edições anteriores, do dia ou da semana.
Boas leituras!
Justa Causa

A glória da impunidade

Abrem-se inquéritos, anunciam-se auditorias, multiplicam-se declarações de pesar e decreta-se luto nacional. Mas os dirigentes continuam nos seus cargos, os responsáveis políticos limitam-se a transmitir solidariedade às famílias e a responsabilização dissolve-se.

Visto de Bruxelas

Ucrânia: um espírito não quebra

É duro visitar um cemitério de guerra com jovens rapazes ucranianos que estão próximos de completar as idades com a quais ou não podem sair da Ucrânia (a partir dos 23 anos – entre os 18 e os 22 anos podem agora ausentar-se do país), ou podem vir a ser chamados a defender o seu país (a partir dos 25 anos).