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Ativistas alegam ter sido obrigados a "despir-se" pela PSP na Assembleia da República

Membros do movimento Greve Climática Estudantil Lisboa terão sido "retidos" e obrigados a "despir-se" pela polícia.

A direção do movimento Greve Climática Estudantil Lisboa alega que nove estudantes foram "retidos" e obrigados a "despir-se" pela polícia, esta tarde, junto à Assembleia da República, em Lisboa.

Os estudantes tentaram fazer um protesto pelo fim aos combustíveis fósseis na sessão plenária da Assembleia da República, mas depois de vários estudantes "já estarem sentados no local onde teria início a sessão plenária, um deles, enquanto estava a entrar, foi levado para uma sala isolada e obrigado a despir-se", já que as autoridades suspeitaram que iria dar início a um protesto perigoso. 

"De seguida, os restantes estudantes foram também chamados e retidos, tendo vários sido obrigados também a despir-se. Nenhum dos estudantes acabou por ser identificado, pois, segundo estes 'a polícia não encontrou motivo para tal', mas foram impedidos de assistir à sessão plenária", lê-se no comunicado que cita a porta-voz do movimento, Teresa Núncio. 

"Obrigaram-nos a despir por terem medo de que fossemos fazer uma manifestação pacífica", acusa Núncio, acrescentando que as autoridades se recusaram a dizer o porquê de estarem a revistar os manifestantes. "A certo ponto chegaram a dizer que estávamos detidos, apesar de oficialmente nunca termos sido detidos", afirma a porta-voz.

"A repressão ao direito de manifestação chegou a este ponto. Não há qualquer justificação para fazer alguém despir-se só para impedir um protesto pacífico. Têm medo que protestemos, porque sabem que estamos do lado certo da História", acrescenta.

O comunicado enviado às redações promete que os estudantes vão voltar com novas manifestações a partir de 13 de novembro.

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