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Os líderes do PCP, BE, Livre, PAN e Chega criticaram as decisões do governo da AD na resposta ao corte na rede elétrica que deixou o País 10h sem energia e com comunicações limitadas.
Nos Passos Perdidos da Assembleia da República, os líderes partidários reagiram ao apagão e à resposta que foi dada pelo Governo, assim como às medidas de emergência que foram implementadas para assegurar serviços cruciais.
O secretário-geral do Partido Comunista, Paulo Raimundo, apelou, antes de mais, à concentração dos "esforços" para que se possa garantir o normal funcionamento dos serviços essenciais e "recuperar atrasos" na área da saúde. Quanto à reação tardia por parte do Executivo, o líder comunista acredita que se exigia "face à dimensão do problema, uma informação mais rápida e desenvolvida que permitisse que a população se sentisse mais segura".
No que toca à dependência energética, Paulo Raimundo recordou que "o País já teve na sua mão a estrutura e setor energético e, por opções erradas, decidiu segmentar o setor unificado", realçando que este sistema foi "privatizado com as consequências que conhecemos".
A porta-voz do PAN - Pessoas-Animais-Natureza -, Inês Sousa Real, apontou "falhas gritantes" como o facto da Assembleia da República ter ficado às escuras e a falta de capacidade do Governo em comunicar com os partidos. Mencionou ainda a falta de investimento "na autonomia energética", salientando que "um país mais resiliente é autónomo na produção de energia". A deputada acredita portanto que este deve ser um "caso de estudo" para perceber o que não pode falhar em casos de emergência, incluindo para os animais de estimação.
A coordenadora do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, criticou também a resposta de "comunicação tardia" do Governo, chamando atenção para a importância de tentar apurar a causa do apagão. "Não faremos disto um tema de campanha ou de confronto político, mas é muito importante apurar tudo o que aconteceu na rede elétrica" e saber se "a REN cumpriu todos os protocolos."
A líder bloquista enumerou ainda as "falhas em serviços de emergência" como as "comunicações do SIRESP que não funcionaram" no dia de ontem. Tal como Paulo Raimundo, Mortágua chamou à atenção para a privatização da REN, que está neste momento "nas mãos de um Estado estrangeiro". Mencionou também que "não é por acaso que o relatório de segurança interna tem um parágrafo sobre a privatização de setores essenciais e como é uma ameaça à segurança interna" e relembrou que "uma rede pública não evitaria todo este problema, mas diminuiria a suscetibilidade e o dia de ontem mostrou essa fragilidade".
Já o presidente do Chega, André Ventura, anunciou que irá pedir uma "auditoria urgente" para avaliar o que provocou a falha de energia de segunda-feira. "Pode ser até conduzida por serviços independentes, para saber o que se passou. Precisamos de dizer aos cidadãos que isto não vai voltar a acontecer e precisamos de perceber onde falhámos e onde não podemos voltar a falhar", reforçou.
O líder parlamentar criticou ainda o encerramento das centrais de carvão, que acredita que tornam o País "absolutamente dependente da importação ou consumo espanhol", responsabilizando os governos da AD e do PS. "Se este Governo tem responsabilidade, mais têm os governos socialistas, que estiveram oito anos a governar e integraram-nos num mercado que matou a nossa soberania energética", disse.
O co-porta-voz do Livre, Rui Tavares, começou por expressar a necessidade de "assegurar que não há consequências sobre as populações" do apagão que decorreu durante praticamente todo o dia de ontem, agradecendo a todos que estiveram e ainda estão a "trabalhar intensamente para repor a normalidade". O deputado defende também que todas as causas do apagão "devem ser averiguadas tecnicamente e não como arremesso político".
No entanto, Rui Tavares apresentou várias propostas do Livre, nomeadamente para a atualização de um plano de contingência para a Assembleia da República, a distribuição de telefones de satélite para os mais altos representantes, assim como um inquérito às instituições, câmaras municipais e juntas de freguesia, para "perceber o que falhou".
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