Órgão social-democrata deu parecer desfavorável, por unanimidade, à admissão de António Capucho nesta secção.
António Capucholamentou o parecer desfavorável da Concelhia deCascaisdoPSDà sua admissão no partido, considerando a decisão "extemporânea", e acusou a secção partidária de "cobardia política" por não ter aceitado ouvi-lo.
Na quinta-feira, a Concelhia de Cascais do PSD deu parecer desfavorável, por unanimidade, à admissão de António Capucho naquela secção.
Numa resposta escrita enviada na madrugada desta sexta-feira à Lusa, o antigo dirigente do PSD disse "não estranhar a decisão", por razões que por agora prefere não adiantar. Contudo, António Capucho salienta que o "processo entregue na sede nacional ainda não foi remetido à secção de Cascais", pelo que considera que "a decisão é extemporânea".
"Ignoro os fundamentos que têm obrigatoriamente de ser invocados para a recusa da minha admissão, escolhidos de entre os que constam no regulamento aplicável, mas não vislumbro que qualquer deles seja elegível", refere.
O ex-vice-presidente do PSD, destaca também que "nos termos do mesmo regulamento não se trata de uma decisão final, pois a recusa fundamentada seguirá para a Comissão Política Distrital e, se esta mantiver o parecer negativo, remete o processo ao Secretário-Geral e é a este que cabe decidir em definitivo sobre a admissão".
António Capucho justifica que indicou a "secção de Cascais para a inscrição e não qualquer outra em que não tivesse qualquer dúvida sobre a emissão de parecer favorável (o que é possível nos termos do referido regulamento)" por ali residir há 70 anos.
O antigo dirigente lembra também que esteve na "génese da implantação do PPD no concelho, tendo presidido a várias Comissões Políticas Concelhias em acumulação com o cargo de Secretário-Geral.
"Aqui fui militante de base ativo e porque aqui derrotei o PS nas eleições autárquicas em três eleições subsequentes, sempre com maioria absoluta", disse.
António Capucho disse ainda lamentar que, "em manifesto gesto de cobardia política", a secção não tenha correspondido à sua disponibilidade para participar na reunião a fim de justificar o pedido e esclarecer quaisquer dúvidas.
Esta semana, o PSD anunciou que António Capucho ia regressar ao partido, referindo-se ao ex-presidente da Câmara de Cascais como um "militante histórico" que ajudou a fundar o PSD, em 1974, tendo a nova ficha de militante dado entrada na sede social-democrata.
Na quinta-feira, o líder da concelhia, Manuel Basílio de Castro, disse àLusaque a Concelhia deu parecer desfavorável à admissão de António Capucho naquela secção.
A posição da Comissão Política foi manifestada numa moção votada durante uma reunião realizada esta noite e cuja redação final será divulgada hoje.
A votação decorreu por voto secreto entre os 18 elementos presentes.
"Formalmente ainda não recebemos a parte da informação escrita do pedido de inscrição. Só quando ele chegar é que podemos responder por escrito. No entanto, a Comissão Política já tomou posição", explicou o líder da Concelhia.
Questionado sobre a possibilidade de António Capucho poder apresentar um pedido de admissão noutra secção do PSD, Manuel Basílio de Castro afirmou ser possível: "Pode apresentar a admissão em qualquer outro ponto do país e depois segue os mesmos preceitos".
Primeiro pronuncia-se a Comissão Política da respetiva secção, depois o processo segue para os órgãos centrais, podendo haver recurso para o conselho jurisdicional e para os órgãos nacionais do partido.
A aprovação da moção define as razões que fundamentam o parecer desfavorável.
António Capucho acusa Concelhia de Cascais do PSD de "cobardia política"
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