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AD vai governar com maioria relativa nos Açores

Débora Calheiros Lourenço
Débora Calheiros Lourenço 05 de fevereiro de 2024 às 08:09
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A direita parlamentar conseguiu a maioria dos assentos na Assembleia Legislativa dos Açores este domingo. No entanto, a Aliança Democrática optou por não entrar em negociações com o Chega nem com a IL.

O presidente do PSD Açores e líder da coligação Aliança Democrática, composta pelo PSD/CDS-PP/PPM, José Manuel Bolieiro, já afirmou que vai governar com "uma maioria relativa" depois de a coligação conseguir 29 deputados.

Lusa

"Eu governarei com uma maioria relativa. E não se trata de uma minoria, uma vitória nunca é uma minoria, é uma maioria de votos e de mandatos", frisou Bolieiro no seu discurso de vitória na sede do PSD Açores, ao lado de Luís Montenegro.

O social-democrata garantiu ainda que não vai "esmagar ninguém" mas sim "governar os Açores".

Sobre as dificuldades que a inexistência de uma maioria no parlamento pode causar na governação do arquipélago, José Manuel Bolieiro defendeu: "Como sempre na democracia europeia e ocidental, desde logo, não se pode colocar as maiorias relativas em crise com coligações negativas na oposição". Ainda assim deixou o aviso: "E, se o fizerem, cada um assume a sua responsabilidade. Foi assim que aconteceu com a rejeição do Plano e Orçamento [para 2024]".

A direita parlamentar conseguiu a maioria dos assentos na Assembleia Legislativa dos Açores este domingo com a AD (29), o Chega (5) e a IL (1) a acumularem 31 deputados dos 57 possíveis.

Ainda antes das declarações prestadas por José Manuel Bolieiro o presidente regional do Chega,José Pacheco, afirmou que o partido estava disponível para conversar com os sociais-democratas mas garantiu que "não há governo para ninguém" se o CDS-PP e o PPM se mantiverem na coligação: "Numa sala em que estejam Artur Lima e Paulo Estêvão, José Pacheco não entra. Sabem como é que se diz aqui em São Miguel? Desengatem-se ou então liguem para o Marcelo Rebelo de Sousa e marquem novamente eleições".

O Chega foi o partido com maior crescimento nestas eleições, passando de dois deputados para cinco enquanto o PS perdeu dois deputados, tendo agora 23. O Bloco de Esquerda, o PAN e a IL contam, cada um, com um mandato.

Nas eleições deste domingo a Assembleia Legislativa dos Açores viu as mesmas oito forças políticas a manterem-se com representação.

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