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O dilema açoriano do PS: Viabilizar AD ou votar ao lado do Chega?

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 05 de fevereiro de 2024 às 20:00

Bolieiro venceu e deixou claro que vai governar com maioria relativa — e passou a batata quente para o PS. "Será difícil compreender que inviabilize governo AD ao mesmo tempo que repete que Chega é uma ameaça grave", avisa politólogo.

Três eleições este ano, uma já foi. Os açorianos foram às urnas votar e entregaram uma maioria relativa ao presidente José Manuel Bolieiro, queliderou a coligação PSD/CDS/PPM. Com os primeiros resultados, os líderes políticos começaram a traçar os cenários de governação. André Ventura, líder do Chega, foi um dos primeiros a reagir: "Começaremos a trabalhar em conjunto com o PSD. (...) Estamos em articulação e as informação que tenho é que já esta noite se está a trabalhar para ter um possível entendimento, que leve a uma convergência que permita durante quatro anos ter estabilidade no governo dos Açores". No fim, contrariando o Chega, o social-democrata Bolieiro fez uma jogada que trocou as voltas à direita (e à esquerda): "Eu governarei com uma maioria relativa."

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