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“Não fecho a porta a nada." Chega Açores aberto a novo acordo parlamentar (contra Ventura)

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 18 de janeiro de 2024 às 20:00

José Pacheco admite reeditar acordo com PSD nas eleições, algo que Ventura não quer. Antes de ser deputado regional, foi do CDS, vendeu carros em segunda mão, cantou bastante (e muito mais).

Em 2020, o dia dos namorados de André Ventura foi à mesa de um restaurante em Ponta Delgada, Açores. Então vice-presidente com o pelouro das regiões autónomas, o dirigente do Chega Diogo Pacheco de Amorim apresentou a André Ventura o homem que viria a desenvolver o partido nos Açores. Era José Pacheco, que apertava a mão com óculos de armação retangular e um ar simpático e trapalhão. Hoje é conhecido por ser deputado regional e o rosto (e presidente) do Chega nos Açores. Na altura, era deputado municipal na Câmara Municipal de Lagoa, mas foi indicado por ter trabalhado há 20 anos para a bancada do CDS liderada por Paulo Gusmão, antigo líder do grupo parlamentar na Assembleia Legislativa dos Açores. Foi uma vida de voltas: desde então, já passou por listas da Nova Democracia de Manuel Monteiro (por quem tinha grande admiração), do Partido Popular Monárquico e do PSD, mas foi no Chega que foi eleito deputado regional – e com as eleições açorianas à porta, a ideia de integrar um futuro governo está viva.

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