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A corrida viciada aos cargos da Administração Pública

Alexandre R. Malhado
Alexandre R. Malhado 21 de janeiro de 2023 às 10:00

Ser nomeado em substituição, para só depois concorrer e ganhar: foi o percurso de uma ex-deputada do PS, um ex-autarca, um marido de uma deputada e muitos outros.

Em 2019, acabava-se mais uma legislatura. Com o fim iminente do XXI Governo Constitucional de Portugal, os portugueses preparavam-se para ir às urnas – e vários membros de gabinetes do Executivo sondavam o mercado de trabalho. No caso de Ana Margarida de Brito Pedroso, chefe de gabinete da então secretária de Estado da Saúde Raquel Duarte, o futuro acabaria definido em março de 2020: seria nomeada em regime de substituição para secretária-geral da Saúde, sem recorrer a procedimento concursal da Comissão de Recrutamento e Seleção para a Administração Pública (CReSAP). No Ministério da Justiça uns meses antes, outra chefe de gabinete recebera também uma oportunidade: Helena de Almeida Esteves, do gabinete da secretária de Estado Adjunta e da Justiça Helena Ribeiro, foi nomeada em fevereiro de 2019 para secretária-geral adjunta da Justiça, também em regime de substituição.

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