O rabino do Porto, Daniel Litvak, foi detido pela Polícia Judiciária por alegadas ilegalidades na emissão de certificados de nacionalidade para judeus sefarditas.
Vários membros da direção da Comunidade Israelita do Porto foram alvo de buscas policiais esta sexta-feira após "denúncias anónimas" e um deles foi indiciado por vários crimes, mas a direção diz que vai rebater "documentadamente ponto a ponto".
Cofina Media
O rabino do Porto, Daniel Litvak, foi detido pela Polícia Judiciária por alegadas ilegalidades na emissão de certificados de nacionalidade para judeus sefarditas, e, soube-se hoje, que ficou a aguardar o desenvolvimento do processo com termo de identidade e residência (TIR), para apresentações periódicas às autoridades, bem como ficou proibido de sair do país, tendo entregue o passaporte.
"No dia de ontem membros da direção da Comunidade Israelita do Porto/Comunidade Judaica do Porto (CIP/CJP) foram alvos de buscas e um deles foi indiciado dos crimes de tráfico de influência (a denúncia afirma que foi o autor da lei dos sefarditas de 2013), fraude fiscal e branqueamento (a denúncia afirma que existem desvios de fundos não declarados e que são branqueados) e falsificação de documentos (a denúncia afirma que os pareceres do rabino são falsos e que o jurista da direção devia saber)", pode ler-se numa nota da direção da CIP enviada à Lusa.
A mesma nota da direção da CIP refere que as buscas ocorreram na sequência de "denúncias anónimas" e que tais denúncias vão ser "rebatidas documentadamente ponto a ponto".
As buscas foram essencialmente movidas por "dois casos".
Um relacionado com o oligarca Roman Abramovich, proprietário do clube inglês de futebol Chelsea, certificado com nacionalidade portuguesa pelo rabinato do Porto, a 16 de julho de 2020, dado cumprir os critérios plasmados na lei e aceites pelos sucessivos governos desde 2015.
O outro caso é relacionado com Patrick Drahi, certificado pela Comunidade Israelita de Lisboa em 2017, dado cumprir os critérios plasmados na lei e aceites pelos sucessivos governos desde 2015, elencou a direção da CIP, na mesma nota.
A direção da CIP refere que esta sexta-feira entregou às autoridades "provas documentais de que a direção da comunidade só tomou conhecimento deste caso em 10 de agosto de 2020".
A Comunidade Judaica do Porto inclui cerca de 700 judeus de mais de 30 países.
Judeus sefarditas são judeus originários da Península Ibérica expulsos de Portugal no século XVI.
A Procuradoria-Geral da República em Portugal confirmou a 19 de janeiro que a concessão da nacionalidade portuguesa ao empresário russo Roman Abramovich ao abrigo da Lei da Nacionalidade para os judeus sefarditas estava a ser alvo duma investigação do MP.
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