O PSOE procura apoio dos partidos independentistas catalães para formar governo, mas o PP não pôs de parte um verdadeiro bloco central.
O partido Vox anunciou que não vai bloquear uma tomada de posse de Alberto Núñez Feijóo, líder do Partido Popular (que venceu as eleições em Espanha) caso ele consiga apoio de "cinco ou seis deputados" do PSOE. A intenção foi divulgada pelo porta-voz parlamentar do Vox, Iván Espinosa, que considera possível que Feijóo consiga apoio de "alguns socialistas bons", indica o jornalEl País.
REUTERS/Juan Medina
Sugeriu que o líder do PP pode convencer "os socialistas de Page [o líder do PSOE em Castilla La Mancha] ou de outros sítios de Espanha" para impedir que haja outro governo liderado por Pedro Sánchez. "Se ele o conseguir, desde logo o Vox não será um obstáculo para evitar esse governo de destruição nacional."
Feijóo já tinha indicado que caso vencesse, falaria com "o líder do PSOE, seja quem for, para que me deixe governar". "E se não o fizer, falarei com todos os caciques para que o convençam."
Do lado dos socialistas, procura-se um acordo com os partidos separatistas catalães. Depois de nem a esquerda nem a direita terem conseguido lugares no parlamento suficientes para uma maioria, os partidos Esquerra Republicana de Catalunya (ERC) e Junts podem ajudar a deslindar a situação. Pedro Sánchez precisa dos 14 deputados dos dois partidos para formar uma coligação de esquerda.
Porém, o Junts já fez saber que só concorda caso haja um referendo independentista na Catalunha e uma amnistia para os líderes separatistas que avançaram em 2017 e enfrentam acusações. O partido Junts foi formado por Carles Puigdemont, que vive exilado na Bélgica devido às acusações que sobre ele recaem em Espanha.
O ERC é o rival do Junts e em 2020, foi fulcral para a investidura de Sánchez. Em troca, pediu conversações acerca do conflito político na Catalunha.
O parlamento espanhol retomará funções a 14 de agosto. Depois, o rei de Espanha irá encontrar-se com os líderes de cada partido para perceber quem tem a maioria para formar governo. De seguida, o líder com maior apoio será submetido a um voto de investidura e, caso consiga o apoio de 176 deputados, torna-se presidente do governo. Se não conseguir, há nova votação 48 horas depois.
Contudo, logo a seguir à primeira votação perdida, começa um prazo de dois meses, ao fim do qual se, não houver presidente do governo, o rei terá que dissolver o parlamento e pedir eleições. Estas podem ocorrer ainda no fim de 2023, ou mais provavelmente no início de 2024, indica ositePolitico.
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