Febre do Nilo Ocidental, febre tifóide, cólera. A água libertada pelo ataque à barragem potencia a propagação destas doenças e a Rússia recusou ajuda humanitária da ONU.
Esta segunda-feira, o Ministério da Defesa russo deixou um alerta em como as inundações na região de Kherson podem provocar surtos de doenças causadas por mosquitos como a febre do Nilo Ocidental. O aviso surgiu devido à destruição da barragem de Kakhovka, a 6 de junho, depois de também a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter alertado para o mesmo problema. "A curto prazo, há o risco de doenças transmitidas pela água como a cólera e a febre tifóide, e de doenças transmitidas por roedores como a leptoespirose e a tularemia."
Esta segunda-feira, as autoridades ucranianas também relataram à agência noticiosa Reuters que os testes já revelaram níveis perigosos de salmonelas e outros "agentes infecciosos". Também está a ser realizada monitorização à cólera.
A Rússia recusou ofertas das Nações Unidas para ajudar os residentes na área (parte é controlada por Moscovo). Até agora, o colapso da barragem matou 52 pessoas. Mais de 11 mil pessoas foram evacuadas nos lados russo e ucraniano.
Oleksandr Chebotarov, diretor médico do hospital clínico da cidade de Kherson, está a preparar-se. "De momento, camiões carregados com recursos médicos para tratar doenças infecciosas estão a ser descarregados", conta ao jornal norte-americano The New York Times. "Até hoje [17 de junho] não tivemos casos reportados, mas estamos a preparar-nos ativamente."
A Ucrânia relatou que as suas forças recapturaram Piatykhatky, uma vila na frente de Zaporíjia, e que em duas semanas foram reconquistados 113 quilómetros quadrados. Um vídeo nas redes sociais mostra soldados com bandeiras ucranianas que dizem estar dentro da vila, apesar de a Rússia reconhecer a entrada, mas avançar que já foram repelidos e que o local se encontra agora "numa zona cinzenta".
Moscovo alega que as suas forças também repeliram uma tentativa de ataque ucraniano, para recuperar a vila de Novodonetske, na região oeste de Donetsk. Diz que vários veículos armados foram destruídos.
Ao todo, segundo a vice-ministra da Defesa Hanna Maliar adiantou que foram libertadas oito povoações nas últimas diuas semanas.
Rússia travou "planos de sabotagem e terrorismo"
O Serviço Federal de Segurança (FSB) da Rússia informou ter impedido "planos de sabotagem e terrorismo" contra representantes da Rússia em território controlado por apoiantes de Moscovo e que deteve uma mulher.
Os ataques iam atingir membros das forças de segurança e do governo apoiado por Moscovo em Zaporíjia.
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O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.