Imagens de vídeo mostram cinco agentes a arrastar o homem do carro e a agredi-lo. Depois de conseguir fugir a correr, Tyre Nichols é apanhado e novamente espancado pelos agentes enquanto grita pela mãe. Estaria a 80 metros de casa.
Cinco polícias da cidade de Memphis, nos EUA, foram acusados pela morte de Tyre Nichols, um homem negro que foi mandado parar quando conduzia, a 7 de janeiro. O vídeo agora revelado pela cidade mostra o homem a chorar enquanto os agentes o espancavam: "Mãe, mãe", ouve-se a chamar nas gravações.
Bryan Anderson/Freelance Reporter/via REUTERS
O vídeo das câmaras dos polícias e de uma câmara de videovigilância de rua foram divulgadas um dia depois de terem sido conhecidas as acusações sobre os cinco agentes, que foram acusados de homicídio qualificado, agressão, rapto, má conduta profissional e opressão.
Os agentes, que são também eles todos afro-americanos, foram suspensos de funções na semana passada. Tyre Nichols, de 29 anos, morreu três dias depois de ter sido hospitalizado na sequência das agressões sofridas durante a sua detenção. O jovem vivia em Memphis com a mãe e o padrasto e trabalhava na empresa de distribuição FedEx. Tinha um filho de 4 anos.
Segundo os agentes foi mandado parar por apresentar uma condução errática, porém, o chefe da polícia disse mais tarde que esse motivo não foi fundamentado. O xerife do condado de Shelby, Floyd Bonner, disse que depois de ver o vídeo tinha "questões sobre dois delegados que apareciam no local", após a detenção de Nichols. Esses dois agentes foram suspensos até que seja feita uma investigação interna, referiu no Twitter.
Nos vídeos é visível um escalar das agressões dirigidas a Tyre Nichols, que continuaram muito para lá do momento em que ele poderia oferecer algum risco aos agentes. Num momento, dois polícias seguram Tyre enquanto outro lhe dá murros repetidamente na cara. Os restantes agentes assistem às agressões sem se manifestarem.
Nas imagens divulgadas, os agentes são vistos a arrastar Tyre para fora do carro, enquanto ele grita: "Não fiz nada... Estou apenas a tentar chegar a casa". Depois é empurrado para o chão pelos agentes ficando de barriga para baixo. Em seguida é borrifado com gás pimenta na cara. O homem acaba por se libertar e desata a correr, acaba perseguido pelos polícias. Pelo menos um atingi-o com otaser.
Seguem-se as agressões mais duras enquanto Tyre grita pela mãe. Segundo ela, o filho estava apenas a 80 metros de casa quando foi espancado. (As agressões são visíveis no vídeo em baixo. Alerta-se os leitores mais sensíveis para imagens que podem ser consideradas chocantes.)
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O jovem é descrito pelos amigos e familiares como umskateboarderafável e com provas dadas, que recentemente se tinha inscrito num curso de fotografia. Criado em Sacramento, na Califórnia, mudou-se para Memphis antes da pandemia.
Tyre Nichols tornou-se o rosto mais recente da violência policial contra a comunidade afro-americana. Um movimento que ganhou força depois da morte de George Floyd, em 2020, às mãos de agentes de Minneapolis. Vários manifestantes saíram à rua depois da divulgação dos vídeos das agressões a Tyre. Centenas marcharam pelas ruas e fecharam a ponte que atravessa o rio Mississippi em direção ao Arkansas.
Em Nova Iorque, três pessoas foram detidas por terem danificado carros. Atlanta, Washington e Sacramento foram outras das cidades que registaram manifestações, mas sem incidentes.
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