O ex-presidente foi considerado culpado de 34 acusações de fraude relativas a 11 cheques que assinou, 11 recibos de pagamento assinados pelo seu antigo advogado e 12 registos nos livros de contas da Trump Organization. A sentença será anunciada pelo juiz a 11 de julho.
Donald Trump, ex-presidente norte-americano, foi considerado culpado de todas as 34 acusações de falsificação de registos comerciais, na quinta-feira, dia 30, no caso do pagamento à atriz de filmes pornográficos Stormy Daniels.
Após este veredicto, Trump tornou-se não só é no primeiro ex-presidente a ser considerado culpado de um crime, como é também no primeiro candidato presidencial a ser condenado por um crime em plena campanha para a Casa Branca.
"Este foi um julgamento manipulado por um juiz conflituoso que era corrupto", afirmou Donald Trump no tribunal depois da leitura do veredicto. "Foi um julgamento fraudulento, uma desgraça."
A decisão do júri foi unânime, tendo sido anunciada dois dias depois de os 12 jurados do julgamento terem iniciado as suas deliberações. Em causa estavam 34 acusações de fraude relativas a 11 cheques do antigo presidente, 11 recibos de pagamento assinados pelo seu antigo advogado, Michael Cohen, e 12 registos nos livros de contas da Trump Organization.
Já a sentença apenas será anunciada pelo juiz Juan Merchan a 11 de julho, sendo que Trump pode ser condenado a liberdade condicional ou a uma pena máxima de quatro anos de prisão.
Todd Blanche, advogado de Trump, declarou à CNN que iria recorrer do veredicto "assim que possível". O processo de recurso pode ainda levar meses, ou até anos, a decorrer, o que significa que a sentença poderá demorar tempo a entrar em vigor.
O procurador distrital de Manhattan, Alvin Bragg, anunciou no ano passado que ia acusar Trump de falsificar o pagamento do seu ex-advogado para encobrir o pagamento de 130 mil dólares (120 mil euros) à atriz pornográfica Stormy Daniels para que esta não falasse publicamente, antes das eleições de 2016, sobre um suposto encontro sexual com o ex-presidente.
Numa conferência de imprensa na quinta-feira à noite, Alvin Bragg reconheceu a natureza histórica do caso e da condenação. Embora Trump seja um arguido "diferente de qualquer outro na história americana", o procurador distrital disse que o veredicto foi obtido "da mesma forma que todos os outros casos que entram pelas portas do tribunal, seguindo os factos e a lei e fazendo-o sem medo ou favor".
"Doze jurados comuns comprometeram-se a tomar uma decisão baseada apenas nas provas e na lei", afirmou o procurador. "As suas deliberações levaram-nos a uma conclusão unânime, para além de qualquer dúvida razoável, de que o arguido Donald J. Trump é culpado."
Ao longo do julgamento de sete semanas, o gabinete do procurador distrital trouxe cerca de 20 testemunhas para ilustrar aos jurados como o pagamento à atriz era parte de um padrão de recompensas para manter as histórias negativas sobre Donald Trump fora da visão pública antes das eleições presidenciais em 2016, por receio do impacto negativo que poderia ter na campanha.
Michael Cohen foi a principal testemunha da acusação, tendo descrito como Donald Trump o orientou a pagar a Stormy Daniels e depois aprovou o esquema para reembolsá-lo ("taxa de silêncio") em prestações mensais de 35 mil dólares (32 mil euros) em 2017. Segundo a acusação, o plano para o reembolso do antigo advogado, decidido pelo antigo diretor financeiro da Trump Organization, Allen Weisselberg, determinou o registo do pagamento como honorários por apoio jurídico, constituindo uma fraude.
Nenhuma das 34 acusações está diretamente relacionada com o pagamento de 130 mil dólares (120 mil euros) a Stormy Daniels, nem com o alegado encontro sexual entre os dois em 2006, mas sim as acusações de fraude comercial, com o reembolso de pagamento às pessoas que o executaram.
Durante o julgamento, os procuradores ouviram os testemunhos de Michael Cohen, Stormy Daniels e de uma série de confidentes e empregados de Trump, na tentativa de provar que o antigo presidente ocultou o alegado esquema de pagamento num esforço para garantir que não perderia o apoio das eleitoras, durante a campanha em 2016.
Apesar do veredicto, Trump pode continuar na corrida para as presidenciais e tornar-se presidente caso seja eleito. Joe Biden, atual presidente dos EUA e principal adversário de Donald Trump na eleições, escreveu na rede social X (antigo Twitter) que: "Só há uma maneira de manter Donald Trump fora da Sala Oval: nas urnas."
Já Donald Trump, em declarações aos jornalistas à saída do tribunal, criticou o juiz e sua acusação, tendo ainda afirmado que: "O verdadeiro veredicto vai ser dado a 5 de novembro, pelo povo, e eles sabem o que aconteceu aqui e toda a gente sabe o que aconteceu aqui. Não fizemos nada de errado. Sou um homem muito inocente."
Para a ministra do Trabalho, o combate a quem se serve da generosidade da lei podia começar em casa.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.
O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.
Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.
