A administração norte-americana está a dar estatuto de refugiado a membros da comunidade Afrikaans, a mais “privilegiada economicamente” da África do Sul, sob o pretexto de perseguição racial.
Um grupo de 49 sul-africanos embarcou num avião privado no domingo para os Estados Unidos depois de lhes ser concedido o estatuto de refugiado pelo presidente Donald Trump, sob um novo programa anunciado em fevereiro.
sul africanos refugiadosAP Photo/Jerome Delay
O programa diz ser o início de um esforço maior de reinstalação do grupo minoritário nos EUA que está alegadamente a ser perseguido pelo governo sul-africano pela sua raça. A administração Trump tem vindo a suspender programas de refugiados em países como o Iraque, o Afeganistão e alguns países na África Subsariana.
Trump e o seu conselheiro especial, o multimilionário sul-africano Elon Musk, acusaram o governo de Pretória de adotar políticas racistas e anti-branco e de não proteger Afrikaans, adotando projetos de lei para a expropriação de terrenos detidos por membros dessa comunidade. Ataques violentos a proprietários agrícolas têm sido um problema há vários anos, mas representam apenas uma pequena percentagem no índice de criminalidade vasto.
No entanto, o governo sul-africano já veio esclarecer que a alegação de perseguição racial é "completamente falsa" sendo o resultado de desinformação. Segundo a agência noticiosa Associated Press e outros meios de comunicação, os responsáveis políticos argumentam ainda que a comunidade Afrikaans é das mais ricas e bem sucedidas do país, estando os seus elementos entre os "mais privilegiados economicamente".
O jornal norte-americano The New York Times noticiou também que numa chamada entre Alvin Botes, o ministro dos negócios estrangeiros adjunto sul-africano, e Christopher Landau, o secretário de Estado adjunto dos EUA, foi discutida esta reinstalação da comunidade Afrikaans nos EUA.
"É lamentável que pareça que a reinstalação de sul-africanos nos Estados Unidos, sob o pretexto de serem ‘refugiados’, seja inteiramente motivada por razões políticas e concebida para pôr em causa a democracia constitucional da África do Sul", afirmou o porta-voz do MNE sul-africano, Chrispin Phiri, num comunicado.
O anúncio do estatuto de refugiado concedido pelos EUA a este grupo minoritário, e o facto de eles alegarem que estão a ser perseguidos, deixou muitos sul-africanos surpreendidos. Principalmente porque os Afrikaans estão integrados na sociedade, muitos sendo donos de grandes empresas, outros representam a sua comunidade no governo e a sua língua é considerada uma língua oficial falada por muitos não-Afrikaans.
A comunidade Afrikaans é descendente de colonos holandeses e franceses que vieram para o país no século XVII. Dos 62 milhões de cidadãos sul-africanos, esta comunidade representa cerca de 2,7 milhões.
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