Em Portugal percentagem é ainda mais baixa - 18%, mostra o último inquérito do European Council on Foreign Relations. Portugal é dos mais pessimistas em relação à reeleição de Trump, com 58% a considerarem que será má para a paz no mundo.
Os europeus mostram-se cautelosos e pessimistas em relação à reeleição de Donald Trump como presidente dos EUA e encaram cada vez mais o país como um parceiro necessário e menos como um aliado. Estas são as principais conclusões de uma sondagem divulgada esta quarta-feira pelo European Council on Foreign Relations (ECFR).
Reuters
Na média europeia, só 22% consideram os EUA um "aliado", enquanto 51% olha para o outro lado do Atlântico como um "parceiro necessário". Em Portugal, os valores são mais baixos para aliado - apenas 18% - e mais altos para parceiro - 55%. Na Alemanha e na França, 17 e 16%, respetivamente, consideram mesmo os EUA como um "rival com quem é preciso competir" - os valores mais elevados nesta categoria.
Já o Reino Unido, principal aliado europeu de Washington mostra-se mais confiante na relação com os EUA, com 37% a considerarem que são aliados e 44% que são um parceiro. A confiança cai, quando se pergunta aos ingleses como avaliam a reeleição de Trump. Quase 60% consideram que será "má para a paz no mundo", 53,9% acha que é "má para o próprio país" e 53,3% acha que é "má para os próprios cidadãos americanos".
Na Europa, Portugal é dos mais pessimistas neste ponto da sondagem. Com 58% a considerarem que a reeleição do republicano é "má para a paz no mundo" - a média europeia está nos 40,1%. Os mais otimistas são a Hungria, a Bulgária e Roménia.
A guerra na Ucrânia
Os europeus estão maioritariamente unidos em relação à necessidade de negociações de paz entre a Rússia e a Ucrânia, mas os resultados dessa negociação não são unânimes. A maioria dos europeus (48%) considera que o conflito vai terminar com um compromisso entre os dois países. Até os próprios ucranianos estão mais confiantes neste resultado (47%) do que numa vitória de Kiev (34%). Em Portugal, apenas 10% acredita que o conflito vai terminar com a vitória ucraniana. Já na Alemanha e na Hungria o sentimento é mais negativo: 28% acredita que será a Rússia a ganhar o conflito.
Em relação à influência de Trump no resultado da guerra, as opiniões estão muito divididas. A maior tendência da média europeia é de que 20% acredita que não terá impacto na tendência anterior de não se resolver o conflito. Mas por exemplo, 32% dos ucranianos pensam também que Trump não trará mudanças à tendência anterior de se chegar a um acordo. Apenas a Bulgária (26%) e a Hungria (17%) se mostram mais confiantes de que a guerra se vai resolver por causa de Trump.
A relação com a China
Só há uma coisa em que os europeus concordam em relação à China. A maioria considera que é "um parceiro necessário". Mas as percentagens dessa confiança variam de forma considerável. Com o sul mais otimista em relação a Pequim e o norte mais pessimista.
Entre os mais otimistas estão a Hungria, a Roménia, a Bulgária. Em Portugal, apenas 4% considera a China um aliado e 41% veem-na como um "parceiro necessário". Do lado oposto, 25% veem a China como um "rival com quem é preciso competir" e 7% como um "adversário com o qual estamos em conflito". Sem surpresa, pelas ligações à Rússia, é na Ucrânia que mais população vê Pequim como um adversário.
Em relação ao futuro, Portugal é dos mais otimistas, apenas atrás da Ucrânia, a antever que a União Europeia vai ganhar relevância no mundo nos próximos 10 anos. Com 42% dos portugueses a achar que vai ganhar mais influência global, ainda assim, atrás dos 56 e 51% que consideram que será a China e os EUA, respetivamente, a ganhar essa influência global. Apenas 29% do europeus acredita no seu próprio aumento de influência na próxima década.
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