Ucrânia já reagiu, ao considerar que o governo russo está a espalhar mentiras. Dois drones terão ainda caído a 300 quilómetros de Moscovo.
A Rússia diz ter impedido uma grande contraofensiva ucraniana em cinco pontos ao longo da fronteira entre os dois países, na região de Donetsk. Alega ainda ter matado centenas de soldados pró-Kiev.
Segundo a agência noticiosa Reuters, não é claro se este alegado ataque representa o início da contraofensiva que Kiev quer iniciar há meses.
O ministério da Defesa russo indica que a Ucrânia realizou os ataques com seis batalhões mecanizados e dois batalhões de tanques no sul de Donetsk.
"Na manhã de 4 de junho, o inimigo lançou uma ofensiva a larga escala em cinco setores da frente na direção sul de Donetsk. O objetivo do inimigo era furar as nossas defesas no sector mais vulnerável, na opinião dele, da frente. O inimigo não cumpriu a sua tarefa, não teve sucesso", estabeleceu o ministério russo. A Rússia diz ter matado 250 soldados, destruído 16 tanques, três veículos de infantaria e 21 veículos blindados.
Do lado de Kiev, o comandante Oleksandr Syrskyi referiu que as forças ucranianas continuam "a avançar" perto da cidade de Bakhmut. Não comentou a contraofensiva. Contudo, o boletim diário indicou a existência de 29 combates nas regiões de Donetsk e Lugansk.
Já o Centro de Comunicações Estratégicas da Ucrânia aludiu, sem referir as alegações russas, que Moscovo iria procurar espalhar mentiras. "Para desmoralizar os ucranianos e enganar a comunidade (incluindo a sua própria população), os propagandistas russos vão espalhar informações falsas sobre a contraofensiva, a sua direção, e as perdas do exército ucraniano."
No domingo, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksii Reznikov, partilhou uma mensagem no Twitter em que citou a canção Enjoy the Silence, dos Depeche Mode.
"Words are very unnecessary They can only do harm"
— Oleksii Reznikov (@oleksiireznikov) June 4, 2023
Valery Gerasimov, o comandante das Forças Armadas do país, estava na área onde se deu o ataque ucraniano, segundo a Rússia.
Há meses que a Ucrânia se prepara para uma contraofensiva que, de acordo comuma entrevista dada por Volodymyr Zelensky ao Wall Street Journal, estava pronta. Porém, estava ciente do elevado custo que poderia ter. "Não sei quanto tempo demorará. Para ser honesto, pode acontecer de várias maneiras, completamente diferentes. Mas vamos fazê-la, e estamos prontos."
Também esta madrugada, a Rússia relatou a queda de dois drones na zona de Kaluga, a 300 quilómetros de Moscovo.
De momento, a Rússia controla cerca de 18% de território internacionalmente reconhecido como pertencente à Ucrânia.
Esta segunda-feira e amanhã, o cardeal italiano Matteo Zuppi, enviado de paz do Vaticano, vai visitar Kiev.
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