Afirmação terá sido feito como forma de Putin resumir a situação da guerra, numa altura em que a Rússia estava a ter vários recuos, para garantir ao homólogo chinês que acabaria por sair vitorioso.
O presidente russo, Vladimir Putin, disse ao homólogo chinês, Xi Jinping, durante uma reunião em Moscovo em março, que a Rússia "lutará durante pelo menos cinco anos" na Ucrânia, avançou, esta quinta-feira, o jornal japonês,Nikkei Asia, citando fontes anónimas.
REUTERS/Evgenia Novozhenina
De acordo com aquela publicação, a afirmação foi uma forma de Putin resumir a situação da guerra, numa altura em que a Rússia estava a ter vários recuos, para garantir que acabaria por sair vitorioso e para que Xi não alterasse a sua posição pró-Rússia.
Apesar de estar preparado para os cinco anos de guerra, o New York Times noticiou, a 23 de dezembro, citando fontes não identificadas, que Putin tem dado sinais que estaria aberto a um cessar-fogo. Porém, o presidente russo pretende que a Rússia se mantenha nos territórios que ocupa na Ucrânia.
No entanto, o jornal japonês especula: "Pode ser que Putin queira apenas criar a ilusão de que está a avançar para um cessar-fogo ou mesmo para a paz, antes das eleições presidenciais de março, acreditando que uma tal atmosfera o favoreceria nas urnas".
Apesar da garantia, Xi Jinping pode não ter confiado plenamente em Putin porque já tinha "julgado mal" as intenções do líder russo antes da invasão da Ucrânia em 24 de fevereiro de 2022. Já que, a 4 de fevereiro de 2022, dia da abertura dos Jogos Olímpicos de inverno de Pequim, com a presença de Putin, os dois líderes declararam uma parceria "sem limites". O Nikkei informou que a China provavelmente concluiu que as tropas russas presentes na fronteira ucraniana iriam apenas invadir o leste da Ucrânia, em vez da invasão em grande escala, que veio a verificar-se.
Após a visita do líder chinês a Moscovo, em março, a China enviou uma "missão de paz" à Europa, incluindo a Ucrânia e a Rússia, que o jornal japonês descreveu como uma "mudança subtil na posição pró-Rússia de Xi".
Esta missão foi liderada por Li Hui, representante especial de Pequim para os assuntos euro-asiáticos, que se encontrou com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, em Kiev. O jornal japonês afirmou que a missão deixou Putin descontente, pois mostrou que a China tinha descartado o seu comentário dos "cinco anos".
Se a guerra entre a Rússia e a Ucrânia se continuar a arrastar, isso terá um impacto significativo, a nível interno, nos planos e ambições do líder chinês para o seu terceiro mandato como presidente, e a nível externo, fará com que Pequim seja pressionada pelo ocidente devido à sua cooperação militar com a Rússia.
Para poder adicionar esta notícia aos seus favoritos deverá efectuar login.
Caso não esteja registado no site da Sábado, efectue o seu registo gratuito.
A escola é um espaço seguro, natural e cientificamente fundamentado para um diálogo sobre a sexualidade, a par de outros temas. E isto é especialmente essencial para milhares de jovens, para quem a escola é o sítio onde encontram a única oportunidade para abordarem múltiplos temas de forma construtiva.
O humor deve ser provocador, desafiar convenções e questionar poderes. É um pilar saudável da liberdade de expressão. Mas quando deixa de ser crítica legítima e se transforma num ataque reiterado e desproporcional, com efeitos concretos e duradouros na vida das pessoas, deixa de ser humor.