Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim al-Thani classificou o ataque aéreo a Doha como um ato de “terrorismo de Estado”.
O primeiro-ministro do Qatar defendeu que a decisão de
Benjamin Netanyahu de atacar o país onde estava a ser negociado um cessar-fogo “matou
qualquer esperança” para os reféns israelitas que ainda se mantém em Gaza.
PM do Qatar critica Israel por ataque que mata esperança para reféns em GazaFoto AP
Em entrevista à CNN na noite de quarta-feira, Mohammed bin Abdulrahman
bin Jassim al-Thani classificou o ataque aéreo a Doha como um ato de “terrorismo
de Estado” pelo o qual considera que o primeiro-ministro israelita tem de “ser
levado à justiça”.
O ataque israelita de terça-feira matou cinco membros do
Hamas que negociavam um acordo de cessar-fogo mediado pelos Estados Unidos e
outros países do Golfo, no entanto não cumpriu o objetivo de eliminar o líder
do Hamas. Também um membro das forças de segurança do Qatar foi morto durante o
ataque.
Anteriormente Netanyahu já tinha feito uma declaração onde
acusou o Qatar de abrigar terroristas e insinuou que tem o direito de continuar
os ataques no futuro: “Eu digo ao Qatar e a todas as nações que abrigam
terroristas: ou os expulsam ou levam à justiça porque se não o fizerem, nós
faremos”.
O líder qatari acusou também Israel de “desperdiçar” o tempo que despendeu
para sediar as negociações e que, por isso, o país vai reavaliar “tudo” sobre o
seu papel como mediador no conflito entre Israel e o Hamas.
“Eu estava reunido com uma das famílias os reféns na manhã
do ataque. Eles contavam com esta mediação do cessar-fogo, não têm outra
esperança”, partilhou Mohammed bin Abdulrahman bin Jassim al-Thani antes de
afirmar: “Acho que o que Netanyahu fez acabou com qualquer esperança para
aqueles reféns”.
O Qatar, um dos mais próximos aliados dos Estados Unidos da
região, tem sediado negociações para garantir um cessar-fogo e é um dos
principais intermediários entre as duas partes. Na terça-feira os líderes do
Hamas estavam em Doha para discutir a mais recente proposta de cessar-fogo
apresentada pelo presidente dos Estados Unidos.
Numa publicação nas redes sociais, Donald Trump garantiu que
não teve nenhum papel no ataque: “Esta foi uma decisão tomada pelo
primeiro-ministro Netanyahu, não foi uma decisão minha”. Ainda assim o líder
norte-americano tentou avisar os seus parceiros no Qatar do ataque, mas “infelizmente,
chegou tarde de mais”.
Em comunicado o Hamas afirmou que todos os seus líderes se
encontram seguros mas cinco membros de um escalão inferior tinham sido mortos na
sequência do ataque.
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A grande mudança de paradigma na política portuguesa, a favor de contas públicas equilibradas, não acabou com maus hábitos recentes, como vemos este ano.
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