Tribunal determinou que Paetongtarn Shinawatra colocou os seus interesses pessoais à frente da nação.
O tribunal constitucional tailandês destituiu esta sexta-feira (29) a primeira-ministra, Paetongtarn Shinawatra, - que tinha os seus deveres suspensos desde 1 de julho - ao alegar que a polémica chamada que efetuou com o ex-líder do Camboja Hun Sen violou as regras éticas.
Tribunal destitui Paetongtarn Shinawatra após polémica com ex-líder do CambojaAP Photo/Sakchai Lalit
Na conversa, ambos os líderes discutiram os esforços para evitar uma escalada do conflito na fronteira. Shinawatra chamou Hun Sen de "tio", enquanto criticava um comandante sénior do exército tailandês e o descrevia como um "adversário", afirmando mesmo: "Se quiser alguma coisa basta dizer que eu tratarei disso."
O tribunal determinou, assim, que Shinawatra "não possui as qualificações necessárias e apresenta características proibidas" pela constituição tailandesa e que colocou os seus interesses pessoais à frente da nação, manchando a reputação do país. A primeira-ministra destituída "demonstrou falta de honestidade e integridade e violou gravemente ou não cumpriu as normas éticas", decidiu o tribunal.
Este anúncio vem assim mergulhar a Tailândia numa nova turbulência política.
Shinawatra já havia feito um pedido de desculpas ao povo tailandês "que se possa sentir incomodado ou chateado com este assunto", e justificou que as suas declarações foram uma técnica de negociação usada para amenizar as tensões. Ao mesmo tempo disse durante uma conferência de imprensa: "Como tailandesa, amo a minha nação, a minha religião e o rei. Obrigada a todos que me deram conhecimentos e experiência."
Shinawatra, de 39 anos, tornou-se a primeira-ministra mais jovem do país em agosto do ano passado, mas a sua destituição ditou que o seu mandato durasse apenas um ano. Era a quinta primeira-ministra desde 2008.
O seu pai, o bilionário Thaksin Shinawatra de 76 anos, também já havia enfrentado recentemente uma acusação de insulto à monarquia, no entanto, acabou absolvido na semana passada. Além deste processo, enfrenta agora um outro por ter ficado internado num hospital ao invés de na prisão, quando regressou à Tailândia em 2023 - após 16 anos de exílio para cumprir uma pena reduzida por acusações de corrupção.
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