Sábado – Pense por si

O ataque russo que obrigou Mykhailo, seis anos, a despedir-se dos irmãos

Leonor Riso
Leonor Riso 01 de maio de 2023 às 11:23
As mais lidas

Sofia Shulha, de 12 anos, e Kyrylo Pysaryev, de 17 anos, foram duas das quatro crianças mortas quando um míssil atingiu um prédio residencial em Uman.

Este domingo, deu-se o funeral de duas das quatro crianças mortas por um ataque russo à cidade ucraniana de Uman, a 200 quilómetros a sul de Kiev. O ataque ocorreu no dia 28 de abril.

Sofia Shulha, de 12 anos, e Kyrylo Pysaryev, de 17 anos, encontram-se entre essas vítimas. Os pais, Inna e Dmitri, não quiseram falar aos jornalistas mas permitiram que as cerimónias fossem filmadas. Um dos filhos sobreviveu: Mykhailo, de seis anos.

"Eu vivo perto. Conhecia estas crianças, as mais novas, desde que eram pequenas, e batizei-as nesta igreja. Preocupo-me com todos porque tenho filhos e sou um cidadão deste país e vivo nesta cidade há 15 anos", relatou o padre Fyodor Botsu à Associated Press. 

O ataque de míssil matou 23 pessoas, quase todas moradores num prédio residencial. 109 pessoas foram afetadas e 27 apartamentos foram completamente destruídos.

Já na madrugada de 30 de abril para 1 de maio, a Rússia continuou a lançar mísseis por toda a Ucrânia, causando uma explosão que feriu 34 pessoas e deixou dezenas de casas danificadas.

A Ucrânia adianta que 15 dos 18 mísseis cruzeiro foram abatidos, protegendo a capital Kiev e outras grandes cidades após os alarmes antiaéreos.

Artigos Relacionados

As 10 lições de Zaluzhny (I)

O poder não se mede em tanques ou mísseis: mede-se em espírito. A reflexão, com a assinatura do general Zaluzhny, tem uma conclusão tremenda: se a paz falhar, apenas aqueles que aprendem rápido sobreviverão. Nós, europeus aliados da Ucrânia, temos de nos apressar: só com um novo plano de mobilidade militar conseguiríamos responder em tempo eficaz a um cenário de uma confrontação direta com a Rússia.

Cuidados intensivos

Loucuras de Verão

Até porque os primeiros impulsos enganam. Que o diga o New York Times, obrigado a fazer uma correcção à foto de uma criança subnutrida nos braços da sua mãe. O nome é Mohammed Zakaria al-Mutawaq e, segundo a errata do jornal, nasceu com problemas neurológicos e musculares.