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Nicolás Maduro garante que "chegará o dia" em que Guaidó vai ser detido

14 de fevereiro de 2020 às 19:31
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Presidente da Venezuela adiantou que o país estuda medidas para responder ao apoio dado por embaixadores de vários países da Europa a Juan Guaidó, que recentemente foram recebê-lo ao aeroporto.

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse hoje que "chegará o dia" em que o opositor Juan Guaidó será detido pelas autoridades e que estuda a resposta a dar a posições de ingerência de embaixadores europeus em Caracas.

"No dia em que os tribunais da República ordenem um mandado para deter o senhor Juan Guaidó, por todos os delitos que tem cometido, nesse dia irá para a cadeia. Tenham a certeza de que esse dia (ainda) não chegou, mas chegará", disse Nicolás Maduro.

O chefe de Estado venezuelano falava no palácio presidencial de Miraflores, em Caracas, durante uma conferência de imprensa na qual estiveram duas dezenas de jornalistas estrangeiros.

Nicolás Maduro adiantou que a Venezuela estuda medidas para responder ao apoio dado por embaixadores de vários países da Europa a Juan Guaidó, que recentemente foram recebê-lo ao aeroporto, como Romain Nadal, o embaixador de França em Caracas.

"Estamos a estudar a resposta que daremos", declarou.

Quanto à detenção de José Márquez, tio de Juan Guaidó, no aeroporto de Maiquetía, explicou que "é um problema da justiça venezuelana" sobre o qual não tem de opinar, considerando que o procurador-geral da Venezuela, Tareck William Saab, deveria ser questionado sobre o assunto.

O presidente do parlamento da Venezuela, o opositor Juan Guaidó, chegou na terça-feira ao Aeroporto Internacional Simón Bolívar de Maiquetía (25 quilómetros a norte de Caracas), o principal do país, às 17:00 locais (21:00 em Lisboa), a bordo de um voo da transportadora TAP.

À chegada, simpatizantes do regime agrediram-no na cara e rasgaram-lhe a camisa, perante a indiferença de agentes da Guarda Nacional Bolivariana (GNB, polícia militar).

Guaidó, que chegou a Caracas após um périplo iniciado em 19 de janeiro na Colômbia.

O líder da oposição esteve depois no Reino Unido, Suíça, Espanha, Canadá, França e Estados Unidos da América, tendo-se reunido com diferentes governantes e, inclusivamente, com o Presidente norte-americano, Donald Trump.

Horas depois de ter chegado a Caracas, Juan Guaidó denunciou que o seu tio Juan José Márquez desapareceu no mesmo dia, após ter sido intercetado pelas autoridades aduaneiras, na chegada a Caracas, onde chegou no mesmo voo do líder opositor.

O Governo venezuelano confirmou a detenção de Guaidó por ter tentado entrar no país com "material muito perigoso".

"Tenho uma notícia: foi detido um senhor, que trazia material muito perigoso dentro do avião", disse o presidente da Assembleia Constituinte, Diosdado Cabello, numa referência à detenção de Juan José Marquez.

Num programa transmitido pela televisão estatal venezuelana na terça-feira à noite, o presidente da Assembleia Constituinte, composta unicamente por apoiantes do regime venezuelano, acrescentou que Juan José Marquez "violou as normas da aeronáutica civil e entrou com um colete antibala, proibido" no país.

Diosdado Cabello, considerado o segundo homem mais forte do chavismo, depois de Nicolás Maduro, indicou que o tio de Juan Guaidó "trazia umas lanternas táticas, que continham no interior, no compartimento das pilhas, substâncias químicas de natureza explosiva, presumivelmente explosivo sintético C4".

Cabello acusou ainda a companhia aérea portuguesa TAP de ter permitido o transporte ilegal de explosivos e de ter ocultado a identidade do passageiro Juan Guaidó.

O presidente da Assembleia Constituinte acusou ainda o embaixador português em Caracas, Carlos Sousa Amaro, de interferir nos assuntos internos da Venezuela, ao interceder por Juan José Marquez, tio de Guaidó.

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