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Martin Scorsese diz que política migratória de Trump vai contra a génese dos EUA

O realizador norte-americano advertiu mesmo que, se essa política tivesse começado a ser aplicada em 1909, hoje ele não estaria onde se encontra.

O realizador norte-americano, Martin Scorsese, questionou na quarta-feira, em Oviedo, a política de imigração da administração de Donald Trump, que considera ser "contra a ideia básica" do que são os Estados Unidos na sua génese.

Martin Scorsese advertiu mesmo que, se essa política tivesse começado a ser aplicada em 1909, hoje ele não estaria onde se encontra.

Numa conferência de imprensa dois dias antes de receber o Prémio Princesa das Astúrias para as Artes, como um renovador e uma figura incontornável do cinema norte-americano, Scorsese recordou as suas origens, como neto de camponeses sicilianos que emigraram com os filhos para o bairro nova-iorquino do Queens.

"Havia pessoas idosas, velhos imigrantes, que vinham da Sicília e que estavam a morrer, depois houve os meus pais, pelo meio, e finalmente nós, que já nos tornámos americanos", disse.

O realizador de "Mean Streets" ("Os cavaleiros do asfalto") e "Tudo Bons Rapazes" tem esperança de que os actuais obstáculos impostos pelo governo dos Estados Unidos sejam "apenas uma fase" e que sejam tomadas políticas migratórias "razoáveis", para dar continuidade à "experiência" que envolve a parceria com pessoas que têm diferentes idiomas e religiões.

"Isto nunca vai ser fácil, mas agora é trágico", observou, após sublinhar que esse processo de adaptação é difícil como demonstra o facto de ter sido entre o grupo de italianos que imigraram para os Estados Unidos, no início do século XX, que se verificou um maior numero de retornos, devido à sua incapacidade de se adaptar.

Assinalando que na Estátua da Liberdade está gravado o lema "Tragam-nos aqueles que não têm casa", pediu que se mude a situação actual num trabalho conjunto.

Scorsese recordou que, em "Gangs de Nova Iorque" é retratado o ódio aos irlandeses nos Estados Unidos no século XIX, por medo da sua obediência ao papa, num país que nasceu sobre a base da separação entre o Estado e a Igreja.

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