As autoridades israelitas confirmaram que 32 pessoas foram detidas.
Os manifestantes israelitas que têm exigido ao governo um
acordo para garantir a libertação dos reféns mantidos em Gaza intensificaram os
protestos este domingo, organizando uma greve nacional que bloqueou e obrigou
vários negócios a fecharem as portas
Israelitas protestam e exigem a libertação de reféns em IsraelAP Photo/Mahmoud Illean
O “dia da paralisação” foi organizado por dois dos grupos
que representam as famílias dos reféns, poucas semanas depois de o Hamas ter divulgado
um vídeo de um dos reféns que ainda se encontra vivo nitidamente debilitado e
desnutrido e Israel ter respondido com a aprovação de uma nova ofensiva.
Os manifestantes reuniram-se em dezenas de pontos do país,
incluindo em frente a casas de políticos, quartéis-generais militares e grandes
autoestradas, onde foram atingidos por canhões de água numa tentativa de os
fazer dispersar. Alguns restaurantes e teatros fecharam as portas para se associarem
ao movimento.
“A pressão militar não traz os reféns de volta, apenas os
mata. A única maneira de trazê-los de volta é com um acordo, de uma vez só, sem
jogos”, disse o ex-refém Arbel Yehould que se juntou às manifestações na Praça
dos Reféns em Tel Aviv.
Já a mãe do ainda reféns Anat Angrest afirmou: “Hoje, paramos
tudo para salvar e trazer de volta os reféns e os soldados. Hoje, paramos tudo
par a lembrar o valor supremo da santidade da vida. Hoje, paramos tudo para dar
as mãos, direita, esquerda, centro e tudo o que há entre eles”.
As autoridades israelitas já afirmaram que 32 pessoas foram
detidas.
O maior sindicato israelita, Histadrut, recusou-se a aderir
às manifestações de domingo, até porque greves desta dimensão são muito raras
no país, mas muitas empresas e municípios decidiram entrar em greve por conta própria.
Apesar da forte pressão interna e internacional para que
Netanyhau acabe com a guerra em Gaza existem também aqueles, mesmo dentro do
seu governo, que insistem que não vão apoiar qualquer acordo que permita ao
Hamas manter-se no poder. O ministro das Finanças, Bezalel Smotrich, considerou
que a greve é “uma campanha má e prejudicial que faz o jogo do Hamas, enterra
os reféns nos túneis e tenta fazer com que Israel se renda aos seus inimigos,
colocando em risco a seu segurança”.
Já o ministro da Segurança Nacional acusou os manifestantes
de tentarem “enfraquecer Israel” numa ação que “fortalece o Hamas e atrasa o
retorno dos reféns”.
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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".