Os meteorologistas têm alertado para a previsão de mais chuvas.
Uma enchente que abalou um distrito do noroeste do Paquistão
matou pelo menos 220 pessoas. Estes números foram avançados pelas autoridades numa
altura em que as equipas de resgate continuam à procura de corpos nos destroços
das casas que ficaram destruídas pelas chuvas.
Paquistão chora vítimas de inundações, número de mortos ascende a 220AP Photo/Muhammad Sajjad
Apenas na noite de sexta-feira foram encontrados mais 63
corpos em Buner. Mohammad Suhail, porta-voz dos serviços de emergência, afirmou
que centenas de equipas de resgate continuam à procura de sobreviventes.
A província de Khyber Pakhtunkhwa foi a mais afetada pelas
fortes chuvas do dia de sexta-feira, e a maioria das mortes ocorreram nas
aldeias de Pir Baba e Malik Pura, segundo as declarações do vice-comissário Kashif
Qayyum. Nestas regiões as enchentes arrastaram centenas de pedras, que
atingiram e arrasaram várias casas em minutos.
A maioria das vítimas morreu antes de chegar ao hospital e “muitos
dos mortos são crianças e homens” uma vez que grande parte das mulheres “estavam
nas colinas recolhendo lenha e a pastar o gado”.
O Departamento Meteorológico do Paquistão já alertou para a
previsão de mais chuvas torrenciais nos próximos dias, que se deverão
intensificar a partir de domingo.
O primeiro-ministro e o presidente paquistanês já ofereceram
as suas condolências às famílias dos mortos e afirmaram estar a rezar pela
rápida recuperação dos feridos. O governador de Khyber Pakhtunkhwa, Ali Amin
Gandapur, já garantiu que a província está a fazer esforços para reparar
estradas e outras infraestruturas danificadas.
Este ano as chuvas sentidas do país aumentaram bastante,
algo que os especialistas têm atribuído às alterações climáticas. Desde 26 de
junho já morreram cerca de 541 devidos às enchentes de acordo com a Autoridade
Nacional de Gestão de Desastres.
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"O afundamento deles não começou no Canal; começou quando deixaram as suas casas. Talvez até tenha começado no dia em que se lhes meteu na cabeça a ideia de que tudo seria melhor noutro lugar, quando começaram a querer supermercados e abonos de família".